Tem por finalidade avaliar a saúde da mulher e do feto e seu desenvolvimento, identificar os fatores de risco que possam impedir o curso normal da gravidez; encaminhar a gestante para níveis de referência de maior complexidade; favorecer a compreensão e a adaptação às novas vivências da gestante, companheiro e familiares, além de instrumentalizá-los em relação aos cuidados neste período (BRASIL, 2006, ZAMPIERI, 2007).
As consultas de gestantes de baixo risco devem ser realizadas de forma alternada por enfermeiras ou médicos de saúde da família, devendo ser garantido que ambos as desenvolvam. Fazem também o acompanhamento pré-natal os demais membros da equipe de saúde: dentista, nutricionista, psicólogo, assistente social e demais profissionais, visando atender à gestante e sua família em sua totalidade.
Existem relatos de alterações no pH da saliva (tornando-a mais ácida) como sendo um dos fatores que predispõem e que podem levar ao surgimento de cárie dentária nas gestantes se os cuidados com a higiene bucal não forem tomados. As alterações hormonais e o aumento da vascularização gengival contribuem para uma resposta exagerada dos tecidos moles gengivais aos fatores locais. Além disso, existe a possibilidade de ocorrer aumento da mobilidade dentária que pode estar associada a alterações dos hormônios, estrógeno e progesterona.
A adesão das mulheres ao cuidado pré-natal está associada com a qualidade da assistência prestada pelo serviço e pelos profissionais de saúde (ENKIN, 2004). Para tal, é importante você fazer uma leitura sobre as modificações gerais e locais na gravidez, desconfortos gravídicos e diagnóstico da gravidez, facilitando o acompanhamento pré-natal.
As informações a seguir devem ser compartilhadas com os demais membros da equipe de saúde de sua Unidade, uma vez que os demais profissionais também são questionados pelas gestantes a respeito de dúvidas sobre sua saúde bucal.
Quanto à doença cárie, muitas gestantes apresentam uma alta prevalência. E por que isto?
Somado a tudo isto, depois do nascimento do bebê, existe a tendência da mãe em esquecer-se de si mesma, negligenciando os devidos cuidados com a sua saúde bucal, não vista, nesse momento, como prioridade.
Outra dúvida frequente manifestada pela gestante é quanto aos exames radiográficos intrabucais. Podem ou não ser realizados durante a gestação?
Sim, já que a quantidade de radiação a que a mãe é exposta é menor do que a necessária para ocasionar malformações congênitas. Portanto, se o dentista entender ser necessário que um determinado procedimento odontológico exija o uso de radiografia, poderá solicitá-la. Porém, é preferível que não se faça radiografias durante o primeiro trimestre da gestação, por ser o período da formação do bebê (embriogênese). O período mais indicado para a realização de radiografias é o segundo trimestre da gestação. Os exames radiográficos extrabucais rotineiros podem aguardar o período puerperal para serem realizados, sendo indicados à gestante apenas em casos especiais (aqueles imprescindíveis).
Determinados procedimentos clínicos odontológicos, por serem mais invasivos, necessitam de uso de soluções anestésicas. De regra geral, não existem riscos quanto à utilização da anestesia local, entretanto, quando a gestante apresentar elevações da pressão arterial, é importante a avaliação do médico responsável para que, em conjunto com o dentista, avaliem o tipo de anestésico mais indicado.
Se você conseguiu entender e perceber tais questões, então atingiu o objetivo deste estudo. Parabéns!