A Hipertensão Arterial (HA) pode ser visualizada como um sinal, como um fator de risco para a doença cardiovascular aterosclerótica ou como uma doença. Como um sinal porque a pressão arterial monitora o estado clínico de uma pessoa, pode, por exemplo, indicar o uso excessivo de um medicamento vasoconstritor. Já quando é visualisada como fator de risco, ela mostra que ocorre um acúmulo acelerado de placa aterosclerótica na íntima das artérias. E quando é vista como doença é porque tem papel decisivo na morte por doença cardíaca, renal e vascular periférica. (AMBROSE et al, 2005).
Alguns fatores de risco necessitam ser investigados e avaliados com maior cuidado a fim de promover atitudes de atenção à saúde com efetividade. Sabe-se até o momento que a história familiar, raça, estresse, obesidade, dieta rica em sal e gordura, contraceptivos orais, tabaco, vida sedentária e envelhecimento participam do desencadeamento da HA. O excesso de peso e, especialmente, a obesidade abdominal, destacam-se como fatores importantes no desenvolvimento da Hipertensão Arterial (CARNEIRO et al, 2003). Por isso, o Índice de Massa Corpórea (IMC) e a Circunferência Abdominal (CA) devem, então, sempre ser verificados. Quando falamos nessa doença.
Após a confirmação diagnóstica da hipertensão, é necessário fazer uma estratificação de risco que levará em conta os valores pressóricos, a presença de lesões em órgãos-alvo dessa enfermidade e o risco cardiovascular estimado. Existem, com base nestes aspectos, a classificação em três graus distintos. Seguindo tal classificação, você poderá verificar que existem duas abordagens terapêuticas para a Hipertensão Arterial: o tratamento que tem por base mudanças no estilo de vida (MEV): perda de peso, incentivo às atividades físicas, alimentação saudável, dentre outras ações e o tratamento medicamentoso (TM).
A interação enfermeiro, portador de Hipertensão Arterial e família é o ponto-chave para que o plano terapêutico seja seguido. Pode parecer irracional um plano terapêutico que modifique o estilo de vida, especialmente quando não estão presentes sinais e sintomas ou quando aparecem os efeitos colaterais dos medicamentos.
Saiba mais:
Para compreender como se decide qual tratamento deve ser indicado para cada tipo de Hipertensão Arterial e de que forma os profissionais da saúde podem conjuntamente decidirem as ações terapêuticas para seu combate, acesse os sítios:
IV DIRETRIZES brasileiras de hipertensão arterial. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, São Paulo, v. 82, Suppl. 4, mar. 2004. Disponível em: