As mudanças que ocorrem com o envelhecimento incluem alterações nos papéis e relacionamentos dentro da família, os quais mudam à medida que os pais se tornam avós, adultos maduros se tornam cuidadores, o idoso se aposenta ou sofre outras alterações em sua inserção familiar e social.
O planejamento antecipado do ato de se aposentar pode amenizar as dificuldades a ele associadas, como o isolamento, a passividade, principalmente, quando uma grande parte da vida do indivíduo foi dedicada ao trabalho e aos relacionamentos dele decorrentes. Nestes casos, a perda deste vínculo pode significar a perda das trocas sociais e da rede social de apoio, com alto impacto na satisfação do idoso com sua vida.
Em suas ações de cuidado, os Enfermeiros desempenham uma variedade de papéis, entre os quais se destaca: cuidador, educador e defensor.
Inicialmente, a ênfase do cuidado ao idoso estava na nutrição, conforto, empatia e intuição. Práticas estas substituídas hoje pela objetividade científica, à medida que o conhecimento biomédico e a tecnologia invadem os cenários de cuidado. Atualmente, a valorização do cuidado integral e humanizado propicia o reconhecimento da complexidade dos processos de saúde-doença. A enfermagem, nesta perspectiva, tem um importante papel em ações que buscam ajudar os idosos a permanecerem bem, a superarem ou enfrentarem a doença, construindo significados de vida que mobilizem seus recursos para o enfrentamento do processo de viver e ser saudável.
O Enfermeiro pode ajudar os idosos no enfrentamento de situações de isolamento, promovendo a construção de redes sociais de apoio que revertam os padrões de isolamento. Inúmeras comunidades desenvolvem programas que facilitam a socialização, passeios, excursões, atividades de grupos, jogos, até mesmo atenção via contato telefônico, entre outras opções. A parceria com outras instituições da comunidade como as igrejas, escolas, museus, bibliotecas e organizações da sociedade civil pode potencializar as oportunidades de reunir pessoas idosas com interesses e necessidades semelhantes.
As modificações nos papéis sociais, nas responsabilidades familiares e na capacidade para o autocuidado influenciam os modos de viver dos idosos, dependendo do seu grau de autonomia e de independência, alguns escolherão viver em suas próprias casas e outros terão que viver com membros de suas famílias. Outros, ainda, por opção ou por falta de outras alternativas, terão que viver em instituições de longa permanência para idosos.
Considerando tais aspectos, o Enfermeiro, ao orientar os idosos sobre moradia, precisa avaliar os níveis de autonomia, tanto para a realização das atividades de manutenção da vida cotidiana como para a manutenção financeira de suas necessidades, considerando o acesso ao transporte coletivo, perigos ambientais e rede de apoio social disponível, bem como, analisar as necessidades futuras.
Agora, para finalizar esta etapa, vamos refletir sobre o conteúdo visto e colocar em prática os nossos conhecimentos sobre o assunto.