Serviços Residenciais Terapêuticos e
Relações Interdisciplinares/Intersetoriais
Entende-se como serviço residencial terapêutico moradias ou casas inseridas, preferencialmente na comunidade, destinadas a cuidar de portadores de transtornos mentais, inclusive os egressos de internações psiquiátricas de longa permanência, que não possuam suporte social ou laços familiares que viabilizem sua inserção social. Além destes, há também a internação em hospitais gerais.
Os centros comunitários, associações e cooperativas, bem como outros dispositivos comunitários podem e devem fazer parte da rede de atenção em saúde mental.
Dessa forma, muitos usuários são atendidos na rede básica de saúde ou utilizam recursos comunitários na tentativa de diminuir seu sofrimento mental.
Na medida em que o cuidado engloba, mas ultrapassa o tratamento do transtorno, ocupando-se da pessoa e tornando ainda mais complexo o cuidado face às várias dimensões que aborda, surge a importância, ou, melhor dizendo, a exigência mínima do agir interdisciplinar.
Na interdisciplinaridade, há uma associação de disciplinas com um objetivo comum, sem que cada uma tenha que modificar significativamente sua maneira de compreender as coisas.
A interdisciplinaridade concerne a duas ou mais disciplinas que se relacionam ao olhar um mesmo objeto sob vários ângulos. Assim, vários profissionais trabalham lado a lado, ocupando-se do mesmo paciente, do mesmo objeto de saber, do mesmo problema de saúde.
Da mesma forma, os dispositivos que formam a rede de atenção não se resumem somente àqueles restritos ao campo da saúde, mas também a outros setores. Por isso, centros comunitários, associações e cooperativas, entre outros, são considerados dispositivos de saúde e, particularmente, por sua potencial influência na reabilitação psicossocial, dispositivos de saúde mental.
Saiba mais:
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a interdisciplinaridade na área da saúde, recomendamos a leitura de:
LOCH-NECKEL, G. et al. Desafios para a ação interdisciplinar na atenção básica: implicações relativas à composição das equipes de saúde da família. Ciência e Saúde Coletiva, v. 14, supl., set./out. 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Saúde Mental. Saúde mental no SUS: informe da saúde mental. Brasília, ano 6, n. 26, ago./dez. 2007. Disponível aqui.
ALVES, D. S. Integralidade nas políticas de saúde mental. Disponível aqui.
Neste estudo, conhecemos detalhes de como ocorrem os Serviços Residenciais Terapêuticos e as relações interdisciplinares e intersetoriais, entendendo que os centros comunitários, associações e cooperativas, bem como outros dispositivos comunitários podem e devem fazer parte da rede de atenção em saúde mental, e que a realização do cuidado ao portador de transtorno mental nesta nova modalidade assistencial exige uma somatória de conhecimentos.
Agora, coloque em prática os conhecimentos construídos realizando a autoavaliação a seguir.