Hoje, há uma preocupação muito grande com a hipermedicação e uma discussão profunda, na sociedade, sobre a influência dos interesses da indústria farmacêutica neste processo. O uso de medicações antidepressivas, no Brasil, chegou a motivar não só estudos científicos, mas passou ao escrutínio público com uma quantidade significativa de reportagens na impressa, falada e televisada.
Neste contexto, a farmacoterapia revela-se, em sua complexidade, como elemento de interesse científico, político e econômico. Isto propicia avaliações cada vez mais cautelosas acerca das fontes dos dados que levam às conclusões sobre a efetividade e a eficácia das medicações no tratamento dos transtornos mentais e esta crise de confiança manifesta-se mais em relação aos TMC que aos transtornos severos.
Isso acontece porque os transtornos mentais severos deixam poucas dúvidas, na população em geral, a respeito da necessidade de uso de medicações. Além disso, não há muito que se discutir sobre as medicações existentes, exceto no que concerne à busca de respostas terapêuticas, muitas vezes dependentes de encontrar as dosagens certas e as combinações de medicações mais adequadas e com menor potencial iatrogênico.
Talvez, a maior polêmica no uso de medicações para transtornos mentais severos seja quanto à necessidade de manutenção e às dosagens preconizadas para tal manutenção.
Escutando-se uns aos outros, os profissionais, além de assumirem uma postura compatível com a contemporaneidade, caminham em direção a um trabalho verdadeiramente solidário, dirimindo angústias e fortalecendo-se mutuamente.
Com esta orientação, concluímos a abordagem à medicalização em saúde mental.
Aproveite que os conteúdos foram vistos recentemente e teste seus conhecimentos por meio da autoavaliação a seguir.