Gestão do Acesso Regionalizado aos Serviços de Média e Alta Complexidade
Regiões de Saúde são áreas territoriais contínuas, providas de identidades culturais, econômicas e sociais comuns, além de infra-estrutura, comunicação, transporte, saúde e outros insumos compartilhados.
Os principais objetivos da descentralização são a redução das desigualdades na oferta de serviços de saúde e a distribuição mais equitativa das ações e serviços no território.
Como estratégias para superar esses desafios é possível realizar investimentos em infra-estrutura e equipamentos em áreas mais carentes e/ou com maiores necessidades; otimizar o fluxo de atendimento nos casos necessários; garantir o acesso e a qualidade dos serviços contratados e oferecidos para os usuários do SUS.
Clique para ver detalhes desta organização:
Vamos entender como ocorre a Regionalização e os Instrumentos de Gestão desse processo (PDR, PDI e PPI):
O Plano Diretor de Regionalização - PDR, o Plano Diretor de Investimento - PDI e a Programação Pactuada Integrada – PPI são ferramentas de planejamento técnico e financeiro da Política de Saúde na lógica da regionalização solidária proposta pelo Pacto pela Saúde.
A concretização dos compromissos assumidos pelos gestores ao assinar o Termo de Compromisso de Gestão exige um processo amplo de negociação e concertamento entre os gestores do SUS, já que só o cumprimento dos compromissos assumidos pelos gestores de forma responsável é que pode garantir o acesso e a integralidade da atenção à saúde. Esses compromissos estão expressos na Programação Pactuada e Integrada - PPI em conformidade com o Plano Diretor de Regionalização - PDR e com o Plano Diretor de Investimento - PDI.
O Plano Diretor de Regionalização de Santa Catarina – PDR/2008 foi aprovado nas instâncias colegiadas do SUS com o objetivo de estabelecer um conjunto de territórios o mais homogêneo possível, onde possa se dar a garantia de acesso do cidadão a um conjunto de ações e serviços necessários à resolução de seus problemas de saúde. Apresenta os pontos de concentração da demanda e da oferta, os fluxos de pacientes, os limites territoriais e a população residente em cada município que compõe a região de saúde.
O PDR pode ser entendido de duas maneiras: como um artifício de planejamento, no qual a definição de variáveis como o território, a população e o perfil da oferta de serviços ajuda a pensar como montar fluxos e otimizar o acesso dos pacientes aos serviços de que necessitam ou como um instrumento-processo de promoção de cooperação e solidariedade entre gestores, estimulando a gestão loco-regional e processos de co-gestão do território orientada para a gestão dos compromissos expressos nos termos de compromisso de garantia de acesso da Programação Pactuada e Integrada da Assistência - PPI.
Saiba mais:
Conheça o PDR 2008! Procure no site da SES (www.saude.sc.gov.br) as Deliberações CIB 92 e 245/2008 que aprovaram o PDR 2008 de Santa Catarina e veja como está configurada a região de saúde em que o seu município se situa.
A Programação Pactuada e Integrada da Assistência - PPI é um grande processo planejado de alocação de recursos a partir dos critérios e parâmetros pactuados entre os gestores, e de pactuação entre gestores, com carências de serviços de média e alta complexidade e gestores que tem serviços de média e alta complexidade sob sua gestão. A partir de acordos, os gestores explicitam “pactos de referência” pelos quais um município assume atender à população de outro município, ambos integrados à mesma região de saúde e/ou macrorregião, passando a receber, além dos recursos destinados ao atendimento de sua própria população, os da população a ele referenciada.
A PPI também tem por objetivo organizar as redes de serviços, dando concretude aos fluxos estabelecidos e definir os limites financeiros destinados à assistência da população de cada município.
Exemplo de como funciona o processo da PPI: A PPI da Assistência incorpora a programação de distribuição de Autorização de Internação Hospitalar– AIH com base na população de 2007, estabelecendo o percentual de 7% dessa população por ano para as internações de média complexidade e 0,33% para as internações de alta complexidade hospitalar, reguladas através de uma AIH específica que é utilizada apenas para procedimentos nas áreas de cardiovascular, ortopedia, neurocirurgia, cirurgia oncológica, transplantes, gastroplastia e lábio palatal.
Alguns serviços, pela sua importância estratégica, pela ausência de parâmetros que possam definir os tetos físicos e financeiros ou por outros motivos, são financiados pelo Fundo de Ações Estratégicas e de Compensação –FAEC, que por não estar detalhado na PPI, possuem teto praticamente livre para a produção de serviços.
Saiba mais:
Para acessar a PPI do seu município, entre no site da SES - www.saude.sc.gov.br. No Menu Programação Pactuada Integrada/PPI da Assistência, procure os termos de compromisso de Alta Complexidade no mesmo link no item Termo de Compromisso AC.
Saiba mais:
Se você quer conhecer melhor como funciona o TFD, acesse o site da SES: (www.saude.sc.gov.br) e leia o Manual Estadual de Tratamento Fora de Domicílio no link da PPI (Programação Pactuada Integrada), no ícone Tratamento Fora do Domicilio.
O princípio da democracia direta pressupõe a participação da sociedade na construção e fiscalização das políticas públicas, para concretizar este principio conta-se com a Gestão Participativa. Clique aqui e entenda como se dá no SUS.
Saiba mais
Informações referentes à legislação do SUS, conselhos de saúde e conferências de saúde poderão ser encontradas no site da SES: www.saude.sc.gov.br, no link do Conselho Estadual de Saúde – CES.
Você viu neste estudo que a agregação das necessidades de saúde em territórios-população e a garantia de acesso aos serviços e procedimentos de média e alta complexidade exigem instrumentos complexos de planejamento, programação física e financeira, caso do PDR, da PPI, da FPO e do TFD, entre outros. Fica claro que a concretização do direito à saúde é uma tarefa que associa desafios técnico-operacionais com responsabilidades administrativas e políticas, que incluem a produção de acordos em torno de recursos, objetivos e estratégias com a representação da comunidade nos conselhos de saúde e nas casas legislativas, e a execução de procedimentos para aquisição de materiais, pagamento de profissionais, etc seguindo rigorosa normatização legal.
Para verificar a sua aprendizagem faça as autoavaliações apresentadas a seguir:
Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.