A saúde mental na estratégia saúde da família e o excesso do uso de medicamentos psicotrópicos

Abstract

A saúde mental progressivamente torna-se um dos principais motivos de procura à unidade básica de saúde. Aliado a isso observa-se uma mudança e ampliação dos perfis que realizam acompanhamento especializado por este motivo, além do aumento descontrolado de pacientes que realizam tratamentos com medicações psicoterápicas sem monitoramento. Isso faz com que cada vez mais doenças como a depressão e ansiedade tem se tornadas de difícil controle após seu surgimento. Por este motivo, decidi trabalhar esse tema no projeto de intervenção. O objetivo do projeto é construir e implementar, juntamente com a Equipe de Saúde da Família do município de Matinhos, comunidade Mangue Seco, medidas preventivas que auxiliem na diminuição do uso de medicamentos psicotrópicos e avaliar o perfil e o prognósticos dos pacientes que fazem o acompanhamento em saúde mental. Realizaremos uma abordagem multidisciplinar juntamente aos agentes comunitários, enfermeiros, psicólogos, médicos psiquiatras e médico da família, no período de março de 2015 a fevereiro de 2016. Avaliando os perfis de cada paciente e seus fatores de riscos associados ao início e evolução desta doença. Neste período observamos uma variação entre 12-16% dos motivos das consultas totais relacionadas à saúde mental. Com um perfil predominante de mulheres acima de 30 anos, sendo predominante acima de 60 anos, também do sexo feminino. Os fatores de riscos associados foram má estrutura familiar, solidão e dependência física. Por isso, com esta abordagem multidisciplinar, optamos por incentivar a mudança no estilo de vida destes pacientes, visando uma maior inclusão social e melhora da estrutura familiar. Junto a isso, realizamos o incentivo e priorização ao tratamento psicoterápico sobre o tratamento medicamentoso.