EDUCAÇÃO EM SAÚDE E A ESCOLHA DA VIA DE PARTO

Abstract

O número de partos cesáreos cresceu muito no Brasil, contrariando as determinações da Organização Mundial de Saúde onde o parâmetro recomendado é de que apenas 15% dos partos ocorram cirurgicamente. O presente projeto de intervenção teve como objetivo sensibilizar as gestantes sobre o trabalho de parto por via vaginal, por meio de atividades de educação em saúde, levantar o perfil sociodemográfico das mesmas, e classificá-las de acordo com a Classificação de Robson. Participaram do projeto as gestantes que realizaram o prénatal no ano de 2018 na Unidade de Saúde da Família Dr. Adaias Marques Moreira, do Município de Cassilândia, Mato Grosso do Sul. Foi utilizado o método da estimativa rápida para o delineamento metodológico. Participaram do projeto 26 gestantes. Foi possível identificar o predomínio de gestantes adulto jovens, com nível de escolaridade no ensino médio, convivendo com familiares e com o pai da criança. Durante as atividades de educação em saúde foi possível determinar a fragilidade feminina e o tabu da dor no parto vaginal. Tais questões foram os dados mais relevantes encontrados em relação à escolha da gestante. A roda de conversa foi positiva, mas não descontruiu a opinião das mulheres em relação à via de parto vaginal. Segundo a Classificação de Robson todas as gestantes apresentaram cesáreas evitáveis, corroborando com as determinações do Ministério da Saúde, porém, as cesáreas aconteceram em um número considerável, mesmo depois da intervenção. Conclui-se que é preciso investir em outras estratégias que possam melhorar a comunicação entre a equipe de saúde e a gestantes, a fim de reverter à situação do parto atual.