A EXPERIÊNCIA DE UM GRUPO DE HIPERTENSÃO E DIABETES EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

Abstract

As doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM), são responsáveis por cerca de 70% de todas as mortes no mundo, estimando-se 38 milhões de mortes anuais. Desses óbitos, 16 milhões ocorrem prematuramente (menores de 70 anos de idade) e quase 28 milhões, em países de baixa e média renda, como o Brasil. Um estudo preliminar analisou mais de 1200 consultas médicas da Equipe Andorinha de Estratégia da Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde São Pedro, localizada em São Bernardo do Campo, estado de São Paulo. Verificou-se que 17% do total das consultas tinham como CID principal HAS e/ou DM. Decidiu-se, dessa forma, realizar um projeto de intervenção de saúde no território, com a criação de um grupo específico de acompanhamento para absorver este contingente de pacientes e estudá-lo melhor. O entitulado Grupo Hiperdia teve início em dezembro de 2019, com frequência semanal e duração total de quatro horas. Os dados do paciente são coletados, ministram-se palestras de promoção à saúde e o devido acompanhamento do paciente é realizado, com leitura de exames e alteração das prescrições quando pertinente. Os pacientes têm seu escore de Framingham calculado. Até o presente momento, 82 pessoas passaram pelo grupo, sendo 6 pacientes de risco alto, 8 pacientes de risco médio, 44 pacientes de risco baixo e 24 pacientes sem risco calculado por falta de dados. Espera-se, com este projeto de intervenção no território: facilitar o acesso; orientar os pacientes sobre o problema; estabelecer o objetivo do tratamento; encorajar modificações no estilo de vida; tentar nova abordagem em terapias sem sucesso; acompanhar constantemente os pacientes de maior risco.