FICHA TÉCNICA DO RECURSO
A AURICULOTERAPIA COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA NÃO-FARMACOLÓGICA PARA TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
Autor(es):
Instituição:
Resumo:
É observado aumento mundial na prevalência de doenças mentais, sobretudo depressão e ansiedade nos últimos anos. No Brasil, a prevalência de doenças mentais no ano de 2013 obtida através de autorrelato foi de 7,6%. Dessa maneira, cresce também a necessidade de preparo dos serviços de saúde para receber e conduzir tais questões. É na atenção primária que essa necessidade se torna ainda mais imperativa, por ser porta de ser entrada do sistema de saúde, ser lugar privilegiado de garantir o princípio da integralidade do cuidado e ser o centro coordenador do cuidado. Contudo, o paradigma do processo saúde-doença na medicina ocidental, com grande ênfase em modelos biologizantes, somada a falta de formação dos profissionais para além dessas normas, torna a saúde mental um domínio pouco conhecido, mal manejado e demasiadamente medicado, com pouca participação de soluções terapêuticas que vão além dos psicofármacos. Dessa forma, este projeto de intervenção visa criar dados sobre a hipótese de que as práticas integrativas, sendo aqui explorada e testada a Auriculoterapia em particular, são boas alternativas às abordagens mais tradicionais, permitindo a instrumentalização do profissional. Em um primeiro momento, trabalhara-se o aprofundamento teórico dos profissionais componentes das equipes de família quanto a temas muito recorrentes na prática diária, com destaque para depressão, ansiedade, uso de substâncias psicoativas, ideação e tentativa de suicídio, síndromes demenciais e transtornos somatoformes. Para verificação da hipótese de efetividade da Auriculoterapia, em um primeiro momento, será aplicado o questionário Mini International Neuropsychiatric Interview módulo A, B e C, em adultos maiores de 18 anos, com n=200, de maneira anônima serão randomizados em dois grupos. O grupo A será tratado apenas da maneira tradicionalmente realizada nas unidades, com uso de psicofármacos nos indivíduos com indicação clínica, referenciamento para tratamento psicoterápico quando indicado e consultas motivacionais. O grupo B terá, adicionamento, a oportunidade de realizar Auriculoterapia com uso de protocolos de pontos definidos. Executara-se a associação da prática integrativa Auriculoterapia dentro de grupos de atendimento ou em atendimento individual para os casos que se mostrarem mais graves ou dependentes de uma maior atenção. O questionário será reaplicado após 6 semanas, com nova aplicação em 12 e em 24 semanas, objetivando observação dos efeitos a curto e a médio prazo. Espera-se que encontremos melhora significativa dos sintomas detectados em relação a primeira avaliação no grupo que receber adicionalmente a intervenção Auriculoterapia em relação ao grupo controle, já na reavaliação de 6 semanas, com manutenção ou pequeno declínio nas avaliações subsequentes.
Palavras-chave DeCS (clique para expandir a hierarquia):
E02.190.204:Auriculoterapia
F02.418:Saúde Mental
SP2.031.197.118:Unidade Básica de Saúde.
- TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS ANALÍTICOS, DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS (E )
- Terapêutica (E02 )
- Terapias Complementares (E02.190 )
- PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA (F )
- Fenômenos Psicológicos (F02 )
- ASSISTÊNCIA À SAÚDE (N )
- Características da População (N01 )
- Saúde (N01.400 )
- SAÚDE PÚBLICA (SP )
- Atenção à Saúde (SP2 )
- Saúde (SP2.770 )
Termos de uso:
https://ares.unasus.gov.br/acervo/static/files/Termos de uso do ARES.pdf
Data de submissão:
25/Apr/2022
Aparece na coleção: