DSEI MANAUS: ABORDAGEM DA HIPERTENSÃO ARTERIAL ENTRE INDIVÍDUOS DA ALDEIA KWATÁ

Abstract

O território descrito é o DSEI Manaus, localizado no Estado do Amazonas com 235.405 km2. Possui dimensões continentais, atendendo cerca de 28 mil indígenas. Contemplando 17 polos bases, distribuídos entre os municípios de Manaus, Novo Airão, Manacapuru, Itacoatiara, Autazes, Nova Olinda do Norte, Borba, Manicoré, Berururi, Careiro e Anamã, distribuídos em (219) duzentos e dezenove aldeias. O DSEI abrange os municípios de Manaus (Capital), Iranduba, Novo Airão, Manacapuru, Beruri, Anamã, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Manaquiri, Autazes, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Nova Olinda do Norte, Borba, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Urucurituba e Urucará situados no Estado do Amazonas. Abarca ainda trinta e cinco etnias, Kokama, Tikuna, Kambeba, Apurinã, Mura, Jamamadi, Gavião, Munduruku, Torá, Parintintin, Tenharim, Diahoi, Mura-Pirahã, Sateré-Mawé, Tukano, Arara,Baré, Dessano, Makuxi, Mayoruna, Kanamari, Kulina, Marubo, Deni, Miranha,Kayapó, Kaxinawá, Arikem, Karapanã, Barasana, Tariano, Baniwa, Tuyuka, Hexkaryano e Maragua. O relevo do DSEI é de planícies e várzeas, com um clima Equatorial Úmido. A vegetação é tipicamente de floresta amazônica, com árvores imponentes. A economia local é baseada em agricultura de subsistência, agricultura familiar, poucas criações de animais como galinhas, porcos, gado, carneiros. Sobre a vegetação predominante da área (território recorte) onde trabalha-se destaque para florestas de terra firme, florestas fluviais alagadas e mata de igapó. Sobre as atividades econômicas exercidas na região atendida (área recorte) (pelos indígenas e não indígenas) destaque para venda de produtos oriundo da caça, pesca, agricultura familiar e do extrativismo em especial da madeira e de óleos essenciais (castanha, andiroba e copaíba). Já os não indígenas da região alguns trabalham em comércio, agricultura familiar e atividades do tipo. Trata-se de uma região de infra-estrutura precária, desprovida de estradas de alta rodagem, visto que o único acesso se da dá forma fluvial. Sobre a minha área em específico a população apresenta 2.736 indígenas. Atendo somente uma etnia, a Munduruku. O problema eleito foi a Hipertensão Arterial, o principal problema de saúde do território. Acredita-se que a influência da vivência com o homem branco nos últimos 30 anos tem influenciado, principalmente em relação a alimentação, e não realização de atividades físicas. Quanto aos motivos que lhe levaram a escolher a HAS como situação a ser trabalhada destaque para o fato de ser o principal agravo de saúde dos indígenas. Com dados epidemiológicos de incidência de hipertensão de 14,69% e de diabetes de 8,63%. A rede explicativa que contempla o plano de soluções se apresenta na realização de ações individuais e coletivas voltadas a adoção de uma alimentação saudável, prática de atividade física e adesão ao tratamento medicamentoso da forma correta. Como considerações finais da proposta acredita-se que as ações desenvolvidas no decorrer do curso trouxeram um olhar mais crítico sobre a abordagem dentro da saúde indígena, tanto com relação a equipe de saúde como em relação a abordagem com os usuários.