Clínica Ampliada

Clínica Ampliada como metodologia de trabalho

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Como utilizar a Clínica Ampliada como ferramenta de trabalho?

Aspectos a serem considerados na coleta da história do usuário

Cunha (2004) sugere que se adote a anamnese tradicional, mas que o profissional dê espaço à fala e às ideias do usuário. O mesmo autor reforça a importância de os profissionais despirem-se dos filtros teóricos que os impedem de escutar o usuário. Esses filtros são as teorias em que a formação profissional se dá, moldando a escuta à categorização biológica dos usuários.

Na Clínica Ampliada, é necessária a escuta qualificada livre de preconceitos, para que se ampliem as possibilidades de reconhecimento das vulnerabilidades e potencialidades de cada caso.

Algumas questões importantes precisam ser feitas ao usuário para conhecer a sua história de vida e levá-lo à reflexão.

A primeira questão a ser feita é: Por que você acha que adoeceu? Este questionamento auxilia no processo de reflexão e entendimento de que o adoecimento é um processo. Permite também a compreensão do significado deste adoecimento na vida do usuário e muitas vezes de sua família como também o relacionamento deste com os acontecimentos da sua vida.

A segunda questão é: Como você se sente em relação a sua doença? Este questionamento permite conhecer o quanto a doença interfere na vida do usuário. Relatos de casos de usuários que não aderiam ao tratamento quando conhecidos a fundo trazem muitas surpresas. Por vezes, a cura remeteria à perda de benefícios financeiros ou à perda de atenção por parte dos familiares. Também questionar e conhecer os medos, raivas, o que traz prazer e quais os seus sonhos são pontos importantes na construção e pactuação do projeto de cuidado (BRASIL, 2009a).


Delziovo, Pedebôs e Moretti-Pires

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