Reavaliação
Por se tratar de uma ferramenta de assistência à saúde, é pertinente que se reavalie o caso elencado no PTS periodicamente retomando as metas estabelecidas e as situações atuais ao momento da reavaliação.
Na prática:
Este deve ser um momento de reconhecimento das falhas, mas também das conquistas, em que o grupo compartilha da força de superação e estímulo para vencer novos desafios.
Independente do caso escolhido pela ESF e pelos profissionais do NASF, é importante que os profissionais não tenham uma postura imediatista diante dos fatos, comum ao modelo assistencial biomédico. Reiteramos que a AB pressupõe complexidade e longitudinalidade, por isto é importante considerar essa realidade.
É interessante também que os profissionais não desconsiderem casos pressupondo incapacidade diante dos fatos, principalmente em casos com prognósticos menos favoráveis. E que os profissionais do NASF, recém-inseridos na AB, não assumam uma postura ansiosa por reconhecimento e espaço. Com a construção do vínculo com as ESFs e usuários, com o desenvolvimento do trabalho matricial ou assistencial, fatalmente a interdependência entre os membros das equipes surgirá e cada um demonstrará como a sua atuação é importante para o processo de trabalho.
Figura 7: Interconexão das equipes de Atenção Básica e realidade
A figura representa como as equipes se conectam umas as outras e ao contexto maior que seria o cenário da atenção básica. É nos seus pontos de encontro que se sustenta a construção do PTS. As equipes devem buscar os pontos em comum que permitam o encaixe, simbólico de movimentos comuns entre os diferentes sistemas envolvidos e a busca da coerência na construção das ações de saúde à luz dos contextos de intervenção.
Miranda, Coelho e Moré