Como vimos, o Projeto de Saúde no Território é um movimento que busca ações direcionadas à produção de saúde e à redução de vulnerabilidades em um determinado território por meio da implementação de estratégias de coprodução, de cogestão e do trabalho em equipe e em redes.
Assim como as demais ferramentas tecnológicas disponíveis para a organização do processo de trabalho do NASF, a elaboração do PST deve ser planejada por meio da Pactuação do Apoio. Nesse momento inicial, os gestores e as equipes de saúde (SF e NASF) discutem e pactuam o desenvolvimento do processo de trabalho das equipes e definem as metas a serem alcançadas.
A atividade de pactuação deve ser rotineira e precisa incorporar a definição de objetivos, problemas prioritários, critérios de encaminhamento ou compartilhamento de casos, critérios de avaliação do trabalho da equipe e dos apoiadores e as formas de explicitação e gerenciamento resolutivo de conflitos (BRASIL, 2010).
Assim, após a Pactuação de Apoio, o passo seguinte é a operacionalização do PST; e, para tanto, o Ministério da Saúde propõe a elaboração de roteiros baseados nos elementos presentes na figura abaixo.

Figura 3 - Passos para a construção de um PST
Fonte: BRASIL, 2010
É importante ressaltar que tal roteiro não deve ser transformado em normalização ou em um protocolo operacional rígido, pois,assim, estaríamos contrariando os princípios basilares do PST. Neste sentido, o roteiro apresentado tem a função de facilitar a compreensão do processo e sua elaboração além de potencializar os recursos que essa ferramenta pode proporcionar (OLIVEIRA, 2007).
Verdi, Freitas e Souza