Outro ponto relevante a ser considerado nas consultas de puericulturas realizadas no âmbito da atenção básica refere-se à alimentação da criança. A alimentação inadequada nos primeiros anos de vida relaciona-se intimamente à morbimortalidade de crianças em virtude de doenças infecciosas, afecções respiratórias, cárie dental, desnutrição, excesso de peso e carências específicas de micronutrientes, como ferro, zinco e vitamina A. Atualmente, no Brasil, 50% das crianças menores de 2 anos apresentam anemia por deficiência de ferro e 20% apresentam hipovitaminose A. Estima-se que ações de promoção do aleitamento materno e ações de promoção da alimentação complementar sejam capazes de reduzir, respectivamente, em até 13% e 6%, a ocorrência de mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo (BRASIL, 2012c).
Inserida na Rede Cegonha, a nova estratégia é resultado da união das ações da Rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional de Promoção da Alimentação Complementar Saudável (ENPACS). A ação engloba a realização de oficinas de formação de tutores e capacitação de profissionais dos estados e municípios que serão multiplicadores da estratégia. A Rede Amamenta Brasil, lançada em 2008, e a ENPACS, lançada em 2009, tinham como princípio a Educação Permanente em Saúde e apoiavam-se na metodologia crítico-reflexiva para promover o aprendizado por meio de atividades participativas e lúdicas, incentivando a troca de experiência e a construção do conhecimento a partir da realidade local (BRASIL, 2012c).

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Com a integração das duas estratégias: Rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional de Promoção da Alimentação Complementar Saudável (ENPACS), as famílias atendidas pelo SUS poderão obter informações sobre a importância do aleitamento materno e da alimentação complementar em crianças com até 2 anos de idade. O Ministério da Saúde elaborou um guia de alimentação que auxilia os profissionais de saúde acesse aqui para conhecê-lo.
Anders, Boehs, Souza