Atenção Integral à Saúde da Mulher

Ações da clínica e do cuidado nas principais queixas e agravos ginecológicos

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O papel da equipe multiprofissional

A síndrome pré-menstrual, também conhecida como tensão pré-menstrual, é o conjunto de sintomas e sinais físicos, psicológicos ou comportamentais que surgem durante a fase lútea, atenuando ou desaparecendo durante o período menstrual e com intensidade tal que interferem na vida da mulher.

Esta síndrome tem como características fundamentais a relação temporal com a menstruação e o caráter repetitivo.

Por ser uma disfunção de etiologia ainda desconhecida, torna-se evidentemente difícil o tratamento específico. Assim, pode-se dividi-lo em medidas gerais e tratamento medicamentoso.

Medidas gerais podem ser tomadas, como o tratamento inicial, que consiste em tranquilizar, discutir e orientar a mulher sobre a disfunção em questão. Recomenda-se a prática de esportes, redução da ingestão de sal, açúcar refinado e gordura animal. Desta forma os profissionais do NASF como o psicólogo, o educador físico, o fisioterapeuta e o nutricionista poderão apoiar atividades junto às equipes de Saúde da Família.

Diversos estudos evidenciam a associação entre história de violência sexual e algumas queixas ginecológicas mais frequentes, tais como irregularidades menstruais, dor pélvica, dismenorreia, falta de libido e dispareunia, dentre outros (FAÚNDES et al., 2000; BEDONE; FAÚNDES, 2007).

Outra queixa ginecológica bastante frequente na atenção primária é a presença de fluxo vaginal anormal. A anamnese e o exame físico, na maioria das vezes, são suficientes para o diagnóstico, sendo que a avaliação completa inclui ainda exame microscópico a fresco, mensuração do pH vaginal e cultura de secreção vaginal quando houver necessidade, sendo que a secreção vaginal com características anormais pode ser dividida em três grupos principais: mucorreias, vulvovaginites e cervicites.

O prurido vulvar também é uma queixa bastante presente, podendo estar sozinho ou associado a outros sintomas crônicos como queimação, dor ou irritação, que caracterizam vulvodinia. A anamnese detalhada deve ser realizada para um diagnóstico correto e consequentemente o tratamento e encaminhamento adequados, como indicar a colposcopia quando forem detectadas hiperemia, lesões hipertróficas ou acetobrancas (após aplicação de ácido acético 5%, após um minuto evidenciam-se estas lesões que são compatíveis com infecção por papiloma vírus humano) (NAUD et al., 2004, p. 461-462).

As principais causas são de origem infecciosa, alérgica, traumática, neurológica, por doenças dermatológicas, por neoplasias.

Santos, Zampieri, Oliveira, Carcereri, Correa, Tognoli e Freitas

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