Agora que acompanhamos alguns aspectos introdutórios, vamos aprofundar nosso conhecimento sobre o climatério. Confira a sua definição a seguir.
O climatério é o período transicional, polêmico e crítico (do grego klimáter), compreendido entre a fase reprodutiva e a não reprodutiva, que geralmente ocorre entre 37 e 65 anos, ocasião em que os ovários têm sua produção estrogênica reduzida e insuficiente para garantir a reprodução e a manutenção das características funcionais dos órgãos sexuais femininos (GONÇALVES; MERIGHI, 2007).
O climatério é dividido em três etapas ou estágios, de acordo com o Stages of Reprodutive Aging Workshop de 2001:
Transição menopausal, que vai dos 37 aos 46 anos;
Perimenopausa , dos 46 aos 50 anos;
Pós-menopausa, dos 51 aos 65 anos;
Terceira idade, após os 65 anos (GONÇALVES; MERIGHI, 2007).
O evento da menopausa pode representar para algumas mulheres a paralisação do próprio fluxo vital, levando-as à insatisfação e desmotivação e uma “sensação de tragédia eminente” (BRASIL, 2008).
Corrobora com essa ideia o fato de a sociedade ocidental valorizar a aparência, o útil e o produtivo, o vigor e o ritmo acelerado da juventude e deixar de valorizar qualidades que a maturidade permite conquistar: ponderação, experiência e serenidade.
Por outro lado, este período pode ser vivenciado com qualidade de vida, constituindo-se em uma oportunidade de viver experiências gratificantes, favorecendo a reflexão sobre a trajetória de vida, a renovação, o crescimento, a maturidade e a realização (LOPES; COSTA, 2000).
O climatério traz para a mulher a oportunidade de viver experiências gratificantes que não podem ser sentidas e compreendidas da mesma forma por pessoas mais jovens. A mulher no climatério, ao passar por este processo, assume o compromisso com a sua existência, toma consciência de suas limitações e de sua finitude, buscando uma maior qualidade de vida e de cuidado para a sua saúde (LOPES; COSTA, 2000; ZAMPIERI et al., 2007).
Santos, Zampieri, Oliveira, Carcereri, Correa, Tognoli e Freitas