Grande parte das mulheres viverá um terço de suas vidas acima dos 50 anos (IBGE, 2012), gerando necessidade de atenção específica e esforços em direção ao viver melhor, devendo ser estabelecidas condições que permitam a elas melhor qualidade de vida.
É necessário sensibilizar os profissionais de saúde por meio da educação permanente, para atender a essa parcela da população na Atenção Básica, aproveitando todas as ocasiões em que a mulher procura a unidade de saúde para desenvolver ações de promoção, prevenção ou recuperação, de acordo com o perfil epidemiológico desse grupo populacional.
Em nível de gestão, é importante incluir rotinas, fluxos e protocolos para otimizar o atendimento e a utilização dos recursos do SUS e estabelecer parcerias com os diversos níveis de complexidade e setores de saúde, de forma que se concretizem as referências e contrarreferências.
Também é fundamental que os profissionais da ESF e do NASF compartilhem conhecimentos com as mulheres e os familiares sobre mudanças e cuidados necessários; propiciem espaços coletivos ou grupos que permitam a expressão de sentimentos, medos e dúvidas; promovam a reflexão sobre questões de gênero e o desenvolvimento de ações de promoção e recuperação da saúde e prevenção de doenças com vistas à autonomia e ao protagonismo da mulher (ZAMPIERI et al., 2009).
Popularmente, o termo menopausa é utilizado como sinônimo de climatério, mas ela é somente a parada espontânea das menstruações durante, pelo menos, 12 meses consecutivos, sem que haja causas patológicas ou psicológicas e intervenções médicas. Frequentemente, ocorre durante o climatério, por volta de 51,4 anos, podendo variar dos 48 aos 55 anos (FEBRASGO, 2004, BORYSENKO, 2002). Temos, ainda, a menopausa artificial, que é a cessação permanente da função ovariana por remoção cirúrgica dos ovários ou radioterapia.
Você já parou para refletir sobre por que há tanta preocupação com o climatério? Qual é a razão desta parcela da população ser alvo de políticas na área da saúde?
A menopausa pode representar, para algumas mulheres, a paralisação do próprio fluxo vital, levando-as à insatisfação e à desmotivação e provocando uma sensação de tragédia iminente (BRASIL, 2008).
Carcereri, Santos, Tognoli, Oliveira e Freitas