Caso AGENOR – Conteúdo: Cuidado com pessoas acometidas por AVC Exercícios de Fixação dos conteúdos específicos da Enfermagem
Quiz
Marque a opção correta
Em relação ao processo de reabilitar, assinale com “V” a assertiva verdadeira e “F” a falsa.
( ) Reabilitação, de acordo com o Programa da ONU, para pessoas com deficiência, “é um processo de duração ilimitada, amplos objetivo os quais vão se ampliando a medida que um é atingido outros são traçados, dessa forma a equipe de saúde promove e providencia através da assistência os meios de modificar a vida do cliente”. ( ) Cabe ao enfermeiro da reabilitação o desenvolvimento de um processo interacional e transdisciplinar que favoreça o planejamento, a implementação e avaliação de medidas terapêuticas de enfermagem voltadas para a educação e promoção da saúde com enfoque no autocuidado. ( ) A reabilitação pode compreender medidas com vista a compensar a perda de uma função ou uma limitação funcional, como ajudas técnicas e outras medidas para facilitar ajustes ou reajustes sociais. ( ) Cabe ao enfermeiro da reabilitação assumir no domicilio os cuidados a serem desempenhados, pois a família e pessoas significativas, por seu envolvimento emocional não conseguem ter uma participação ativa e sistemática no processo de cuidado do cliente. ( ) A reabilitação pode ser compreendida como “um processo dinâmico, contínuo, progressivo e principalmente educativo, tendo como objetivos a restauração funcional do indivíduo, sua reintegração à família, a comunidade e à sociedade”. ( ) Reabilitação pode ser definida como “um processo genuinamente dinâmico, orientado para a promoção da saúde e qualidade de vida do indivíduo enfermo ou incapacitado de alcançar seu maior nível possível de independência funcional física, mental, espiritual, social e econômica”.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo é:
F – V – V – F – F - V
F – F – V – F – V - F.
F – V – V – F – V - V.
V – F – F – V – V - F.
V – V – F – V – F - V.
Em relação ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), podemos afirmar, EXCETO:
O AVC é uma patologia de alta incidência e é acompanhado de uma elevada taxa de mortalidade, sendo a terceira principal causa de morte nos países industrializados, depois das doenças cardíacas e o câncer.
O AVC configura-se como um desafio para os profissionais de saúde, principalmente pela dificuldade de prevenir sua ocorrência. Entretanto o trabalho de prevenção dos fatores de risco mostra-se bastante eficaz. Andrade et al. (1998) comentam que nos últimos anos, nos Estados Unidos, houve uma redução global na incidência de AVC, graças ao melhor controle dos fatores de risco associados à gênese dos distúrbios circulatórios cerebrais.
A ampla variedade de déficits neurológicos que o AVC causa aos pacientes aumenta a magnitude da problemática. A literatura aponta que, nos Estados Unidos, aproximadamente 25 milhões de sobreviventes de AVC vivem com graus variados de invalidez. Apesar de 30% desses sobreviventes de AVC retornarem à atividade ou ao emprego, 15% necessitam de total assistência de enfermagem, em decorrência das incapacidades graves, e 55%, embora incapazes de trabalhar, podem desempenhar as atividades da vida diária.
O diagnóstico precoce e o tratamento eficaz da hipertensão, o controle do diabetes mellitus e dos distúrbios do metabolismo lipídico, bem como as campanhas antitabagistas não contribuem significativamente para a redução dos AVC em geral.
A literatura ressalta que a assistência de enfermagem prestada ao paciente acometido por AVC não deve ser direcionada somente a ele. A família também precisa ser alvo dos cuidados, uma vez que o envolvimento dos familiares no processo de recuperação pode interferir positivamente na saúde do paciente.
Em relação às etapas de adoecimento do paciente com acidente vascular cerebral e as ações de enfermagem, associe a coluna A (etapas de adoecimento) com a coluna B (Ações de Enfermagem).
Coluna A (etapas de adoecimento)
(A ) 1ª Etapa: Promover acompanhamento e orientação às pessoas com hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares, diabetes mellitus e demais fatores de risco de AVC, bem como identificar o tempo de ocorrência dos primeiros sinais e sintomas do Acidente Vascular Encefálico Isquêmico e a assistência necessária, refletindo sobre os resultados de prevenção de seqüelas e de novos episódios.
(B) 2ª Etapa: Atendimento emergencial em Serviço de Pronto Socorro, a fim de identificar os diagnósticos e iniciar terapêutica medicamentosa, bem como ações de enfermagem que visem minimizar os riscos, sequelas, deformidades e iatrogenias.
(C) 3ª Etapa: Internação do paciente e a assistência hospitalar: assistência interdisciplinar com vistas a desenvolver ações que promovam a reabilitação das sequelas, prevenção de iatrogenias, preparo do cliente e cuidador para alta hospitalar.
(D) 4ª Etapa: Alta para o domicílio: um desafio para o enfermeiro, paciente e cuidador para a continuidade da assistência.
(E) 5ª Etapa: Inserção em Unidade de Reabilitação Especializada, com equipe interdisciplinar.
Coluna B (Ações de Enfermagem). Tirar a resposta quando colocar na plataforma.
( ) O atendimento e reconhecimento dos diagnósticos para AVC, proporcionam a grande diferença no resultado do tratamento. O paciente atendido, diagnosticado clinicamente, tomograficamente e tratado com anticoagulantes nas três primeiras horas após o início do acometimento, tem maior chance de minimizar as sequelas decorrentes do AVC. O atendimento, feito pela equipe interdisciplinar, possibilita um rápido diagnóstico e tratamento adequados. É nesta fase que o enfermeiro inicia a avaliação do cliente, diagnosticando os fatores de risco para iatrogenias, desde o momento da consulta até seu tratamento hospitalar.
( ) Os enfermeiros e equipe atuam no controle da hipertensão e do tabagismo para redução dos casos fatais de AVC através do manejos clínicos dos fatores de risco associados ao AVC. O reconhecimento e ações são norteados por cartilhas elaboradas pelo Ministério da Saúde, que preconizam cuidados, especialmente, aos realizados no Sistema Único de Saúde.
( ) Em muitas unidades de saúde, o cuidador é preparado para dar continuidade ao tratamento domiciliar, por meio de estratégias educacionais, sobre condutas possíveis de serem realizadas que minimizem ou previnam iatrogenias. O cliente, quando transferido para o domicílio, pode desenvolver muitas complicações. Entre elas: deformidades do lado plégico, lesões cutâneas, broncoaspiração, distúrbios vesicointestinais, infecções urinárias, distúrbios dentários, isolamento social, entre outros.
( ) Prevenir as sequelas inerentes à doença e atentar-se para o período do doente no hospital deve ser compreendido como um grande diferencial no processo de reabilitação da pessoa. A Sistematização de Assistência de Enfermagem pode ser baseada em escalas de avaliação neurológica, com identificação dos déficits motores e sensoriais que dão indícios para o local de AVC, bem como utilização de escalas na avaliação neurológica do paciente com Acidente Vascular Encefálico (AVE) isquêmico do Nathional Institute of Healt, e Escala de Medida de Independência Funcional são úteis, para acompanhar o curso da doença e determinar o prognóstico, as ações preventivas de iatrogenias, bem como reabilitadoras.
( ) A internação do cliente, em muitos aspectos, é difícil de ser realizada de maneira rápida e efetiva, em virtude da sobrecarga do Sistema Único de Saúde, das Unidades Hospitalares que não dispõem de recursos ou mesmos vagas para recebimento deste paciente. Logo, a escolha do local de internação está diretamente ligada à disponibilidade de vagas. A escolha entre unidades especializadas em neurologia e as tradicionais com equipe interdisciplinar não tem sido considerada importante, pois os resultados da assistência não apresentam resultados significantes.
( ) O enfermeiro atua na reabilitação com cuidados e, principalmente com a orientação familiar, nos seguintes aspectos: reabilitação motora (a reabilitação motora é dirigida para se conseguir o nível máximo de mobilidade e um alinhamento articular normalizado); complicações na fase de reabilitação (espasticidade e dor no ombro hemiplégico; capacidade de realizar ou não atividades da vida diária ou uma determinada tarefa); necessidade de supervisão ou assistência (o tempo gasto para realizar cada tarefa e a necessidade de adaptações e modificações no ambiente e ações do cuidador); risco de novo infarto cerebral (Por meio de estudos epidemiológicos, sabe-se que cerca de 10 por cento das pessoas que sofreram um AVC têm risco de voltarem a apresentar novo AVC no primeiro ano após o evento. Após o primeiro ano, esse risco diminui); preparo do indivíduo para viver com limitações impostas pelas seqüelas do AVC; promoção da reinserção do cliente, nos projetos de saúde pública, a fim de prevenir novos acidentes cerebrovasculares, por meio do sistema de Referência e Contra-Referência do SUS.
( ) Nessa fase de tratamento a atuação do enfermeiro é vital para preparar o prosseguimento do cuidado, ele inicia a orientação do cuidador, a identificação das dificuldades de cuidar do cliente em domicílio, o treinamento da família no cuidado, levanta e avalia as implicações relacionadas ao perfil do sujeito que irá assumir e continuar, em domicílio, as ações terapêuticas, avalia os aspectos cognitivos do futuro cuidador a fim de elaborar a melhor estratégia de orientação para o mesmo, buscar subsídios na prática baseada em evidência que possibilite nortear as ações, como, por exemplo, a questão nutricional importante para recuperação do cliente.
( ) Os enfermeiros da equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) que fazem acompanhamento das pessoas e os fatores de risco associados ao AVC, promovem o diagnóstico de enfermagem, através de modelos assistenciais, prevenindo e reconhecendo os riscos.
( ) Considera-se esta unidade de atendimento um elo entre a Unidade Hospitalar e os a Atenção Primária em Saúde. Esta unidade de trabalho é atualmente um grande desafio de atendimento, não só pela carência de unidades especializadas, mas pela assistência de enfermagem estar ligada à assistência realizada desde a primeira etapa.
( ) No processo de internação é importante estabelecer critérios para o atendimento deste cliente: disposição do quarto de uma pessoa com AVC - o lado hemiplégico deve ficar voltado para o centro do quarto, para favorecer a máxima estimulação dos sentidos; medidas posturais e mobilização - quando um paciente está clinicamente estável e apresenta um bom nível de consciência, convém começar nas primeiras 24 a 48 horas com mobilização passiva e ativa na cama, controle da cabeça e do tronco e transferência para poltrona. Dessa maneira, previnem-se as úlceras de pressão, diminui-se a incidência de trombose venosa e de complicações respiratórias, ao mesmo tempo em que se acelera a recuperação. Importante afirmar que as atividades devem ser realizadas pelo paciente, sempre que for possível; pela equipe de enfermagem; pelo familiar/cuidador devidamente orientado pelo enfermeiro; eliminação – frequentemente aparecem a impactação fecal e a incontinência urinária. Avaliar a necessidade de cateterismo vesical e atentar para integridade cutâneo-mucosa; programar atividades físicas - essas atividades têm por objetivo melhorar o condicionamento físico geral, reduzir os fatores de risco do AVC e proporcionar vivência e experiência em atividades em grupo, favorecendo a reinserção social. Devem ser iniciados após avaliação em parceria com profissionais especializados. Alimentação – a presença de disfagia pode provocar desidratação, e associa-se a infecções pulmonares, a uma maior mortalidade intra-hospitalar e a um pior prognóstico funcional. Nos primeiros dias após um AVC, enquanto se avalia a disfagia e se inicia a alimentação, recomenda-se manter hidratação venosa e evitar sondagem naso gástrica ou naso enteral, que dificulta a reabilitação. Se, após 7 a 8 dias, não conseguir um adequado aporte nutricional, está indicada a sondagem (sem que isso implique abandono do tratamento).
( ) Deve-se possibilitar ao cuidador familiar a utilização, no domicílio, de conhecimentos adquiridos durante a estada no hospital, o que deve ser realizado, com a orientação sistematizada, na qual o enfermeiro deve utilizar as suas habilidades de educador, conhecer o perfil do cuidador familiar, identificar facilidades e dificuldades para o cuidado domiciliar. Outra estratégia que possibilita a continuidade da assistência hospitalar baseia-se no Programa de Internação Domiciliar que promove a internação do cliente, com vínculo no hospital de origem e suporte para os clientes que atendam o perfil, definido pela resolução, para esse tipo de internação.
( ) É importante atentar-se para o fato de que não somente a pessoa vitimada de AVC, mas o seu cuidador também passa a ser cliente. A literatura aponta também a importância da criação de políticas públicas, sociais e de saúde direcionadas ao cuidado domiciliar e à cuidadora, em virtude de, na maioria das vezes, um elemento só atuar no cuidado o que ocasiona a sobrecarga física e mental.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo é: