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Era casada com José, portador do HIV, cuja transmissão a ela nefastamente ocorreu num tempo em que ela não acreditava que o companheiro pudesse ter outros relacionamentos e ser usuário de drogas.
Tem seis filhos:
- Lucia, de 14 anos
- Wesley, de 12 anos
- Joice, de 10 anos
- José, de 7 anos
- Marley, de 5 anos
- Kely, de 3 anos
Encontrava-se agora, novamente, em atraso menstrual e com uma contagem do hormônio beta-HCG suficiente para que pensasse num procedimento que a livrasse do problema de gravidez, porém estava preocupada com o aborto.
Atualmente fazia serviços gerais em casas de um bairro de classe alta da cidade. Ela e o marido não completaram o primeiro grau, embora ela aparentasse ter tido mais alguns anos de estudo. Puderam alugar pequena e humilde casa, com dois quartos.
Alguns filhos dormiam no mesmo quarto do casal. Casualmente, eram os que tinham sintomas sugestivos de asma persistente leve. Maria do Socorro dizia que eles faziam regularmente acompanhamento do HIV na cidade de origem, e que nunca precisaram usar antirretrovirais. Aparentava boa reação emocional ao HIV, reagindo e enfrentando psicologicamente bem o problema.
Maria alegava cuidarem-se com preservativos, mas o rompimento de um deles anunciou a possibilidade do que mais temia. Passou, então, a fumar ainda mais do que já fumava: de 10 a 15 cigarros ao dia, passou a fumar de 20 a 30. Em certos momentos, percebia-se fumando, mas nem sabia como havia acendido o cigarro; sabia que prejudicava a asma de seus filhos, mas não conseguia largar o tabagismo.
Foi até a unidade porque precisava resolver o problema da gestação e só confiava no médico da equipe Amarela, o médico Marcelo, que sempre fazia visita em seu domicílio e tratava muito bem seus filhos.
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