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Maria do Socorro, ao ser chamada, aproximou-se com tranquilidade do consultório médico, no ambulatório de atenção primária. A mulher de 42 anos, esbelta, cabelos negros até os ombros, parda, por herança genética e, da mesma forma, por trabalhar em sol ardente em cidade de origem, era do interior paulista. Aparentava um pouco mais envelhecida em relação à sua idade e mantinha, apesar de aparente história sofrida, olhar firme, olhos grandes e atentos, rosto redondo, de aperto de mão forte e sorriso gentil. Paradoxalmente, porém, como será visto a seguir, parecia angustiada em resolver o problema que a trouxera ali, já que a solução desse problema ocorreria de uma forma que é proibida em nosso país. |
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