A história das drogas no Brasil começa com o uso pelos indígenas de muitas plantas medicinais e psicoativas, incluindo o tabaco, e dos cauins, fermentados de mandioca e de frutas. A ipecacuanha, a copaíba, a quina, a jurema, são algumas dessas plantas de usos tradicionais.

O grande impacto do contato com os europeus foi a especialização do Brasil no plantio e processamento das drogas que fizeram os ciclos econômicos da história brasileira: cana-de-açúcar, tabaco, e café. Produtos de monocultura destinados ao abastecimento do mercado metropolitano.

A constituição do chamado sistema sul-atlântico de comércio triangular foi um meio dos impérios europeus obterem renda plantando cultivos alimentares e psicoativos nas Américas com o uso da mão-de-obra escrava tirada da África. Mais de dez milhões de seres humanos trazidos do continente africano para as plantações e engenhos americanos de cana-de-açúcar, as fazendas de café ou de tabaco. O próprio tabaco e a aguardente serviam de moeda de troca para o escambo na África entre esses produtos e os escravos que iriam continuar a produzi-los.

As bebidas alcoólicas formam um produto importante dos engenhos, na forma da aguardente denominada cachaça e, a partir do século XIX, começou a fabricação nacional de cervejas. Hoje essa indústria se tornou tão grande que constitui a maior empresa brasileira e seu proprietário é o homem mais rico do país!

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Mais recentemente, cresceu enormemente o mercado da indústria psicofarmacêutica com um uso muitas vezes também inadequado e excessivo. Clique aqui e conheça mais sobre a ayahuasca no Brasil.