Buscar conhecer o que pensam, como avaliam, no que contribuem, os outros membros, “vozes” do grupo familiar é fundamental. Escutar principalmente a voz masculina, pouco invocada nos serviços de saúde.
Você, como profissional de saúde ao questionar (quando existe esta figura no grupo) sobre o pensam os homens das famílias atendidas acerca da problemática trazida para o serviço de saúde; no que contribuem para cuidar, está contribuindo para repensar o papel e a posição dos homens no grupo familiar, pois, os homens foram historicamente pouco socializados (educados) para cuidar de si e do outro (do espaço doméstico, do cuidado do demais integrantes do grupo). Contribui assim para desnaturalizar lugares e posições, pela via da problematização.
Apesar dos ganhos do movimento de mulheres e feminista, em relação às novas posições da mulher na sociedade, é uma realidade sócio-cultural que o trabalho doméstico e de cuidar do outro ainda tem persistido como algo feminino, o que se tem alterado muito lentamente.
No processo de ampliar o número de cuidadores e efetivamente produzir uma sociedade de cuidado, o cuidado comunitário, outros cuidadores podem ser “produzidos” na rede informal: entre vizinhos, “irmãos” de Igreja, dentre outros.