A ênfase nas sobrecargas sentidas e experimentadas pelas (os) cuidadoras (res) no meio familiar é retratada em vários estudos.

Bandeira (2013) define sobrecarga como efeito gerado pela secundarização das necessidades e vida dos cuidadores familiares e pelas intensas mudanças ocasionadas em suas rotinas cotidianas, de trabalho e de vivência familiar em função do provimento de cuidado. Qualifica-as como sobrecarga objetiva e subjetiva. Segundo ele a sobrecarga objetiva: “se refere às consequências negativas concretas e observáveis resultantes do papel de cuidador, tais como perdas financeiras, perturbações na rotina de vida familiar, excesso de tarefas que o familiar deve executar no cuidado diário com o paciente” constituindo fontes de estresse. Já a sobrecarga subjetiva:

se refere à percepção ou avaliação pessoal dos familiares sobre a situação, envolvendo sua reação emocional e seu sentimento de estar sofrendo uma sobrecarga, atribuída por eles ao papel de cuidador. Refere-se ao grau em que os familiares percebem os comportamentos ou a dependência dos pacientes como fonte de preocupação ou tensão psicológica (BANDEIRA, 2013).
O cuidador pode chegar à exaustão, alguns podendo desenvolver transtornos mentais, tais como depressão e ansiedade, adoecendo também e igualmente demandando cuidados.

A atenção e suporte psicossocial ao cuidador familiar torna-se fundamental, em muitas situações, até mesmo para que consiga reconhecer que chegou ao seu limite.

Reflexão

Que tipo de sobrecarga mais incomoda aos cuidadores familiares com os quais você trabalha? Na sua avaliação, no que você e o serviço de saúde podem contribuir para minimizar tal sobrecarga?