Uma parte da população de usuários de drogas vive em situação de risco social (a parte mais grave e mais vulnerável), sem acesso aos equipamentos sociais básicos necessários ao pleno desenvolvimento da cidadania, além da falta de emprego e demais meios de geração de renda. Também vive em níveis acentuados de pobreza, envolvimento com prostituição (inclusive exploração sexual infantil), vivendo sem infraestrutura sanitária, baixo nível socioeconômico e cultural. É necessário ampliar cada vez mais o conjunto de ações de integração e apoio às populações vulneráveis e excluídas, que são marginalizadas, desassistidas e desinformadas de métodos de prevenção e das vias de acesso aos insumos de prevenção.
Como já visto anteriormente, a AIDS e as Hepatites Virais são um grande problema de saúde pública que vem crescendo no mundo inteiro. Segundo dados do Ministério da Saúde (2008) estimam-se a existência de 45 mil á 65 mil portadores crônicos do vírus da Hepatite, ou seja, portadores de B, C e/ou B + Delta. A ingestão excessiva de álcool está associada a lesões hepáticas. Essas lesões incluem a esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose hepática e estão relacionadas à duração e a quantidade de álcool ingerido. A cirrose é irreversível. Agravos decorrentes do consumo de álcool consistem no maior problema de saúde relacionado ao uso de drogas no Brasil. A própria Organização Mundial da Saúde já apontou que nosso país, e na maioria dos países da América Latina, o consumo de bebidas alcoólicas é responsável por cerca de 8% de todas as doenças existentes. Esse custo social é 100% maior do que os países desenvolvidos como EUA, Canadá, e da maioria dos países europeus.
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Segundo relatório mundial sobre drogas do escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC, 2013), o consumo de cocaína no Brasil aumentou "substancialmente" e atingiu 1,75% da população com idade entre 15 e 64 anos em 2011 - ante 0,7% da população em 2005. O Brasil faz fronteira com diversos países da América Latina tais como: Uruguai, Argentina, Paraguai, Peru, Bolívia, Colômbia, Venezuela e Guiana Francesa – os quais são responsáveis por 44% da produção mundial de cocaína, de acordo com estimativas do UNODC (2004).
Estas condições geográficas e o fato de não sermos um país produtor de cocaína, torna esta região uma importante área para a rota do narcotráfico. É extremamente importante para a região desenvolver uma ação capaz minimizar as vulnerabilidades com relação ao consumo de drogas, identificando de forma ampla a extensão deste fenômeno nas áreas de fronteira com países do MERCOSUL.