O lugar da família tem se incrementado em vários sentidos, inclusive na própria construção do Projeto Terapêutico Singular. Familiares têm se engajado em projetos de geração de renda e no protagonismo em geral dos serviços de saúde, participando de colegiados gestores, assembleias e outros espaços de participação e decisão. Segundo a Portaria Nº 3.088 (BRASIL, 2011, Art. 7º, parágrafos 2º e 3º):

O trabalho no Centro de Atenção Psicossocial é realizado prioritariamente em espaços coletivos (grupos, assembleias de usuários, reunião diária de equipe), de forma articulada com os outros pontos de atenção da rede de saúde e das demais redes. O cuidado é desenvolvido através de Projeto Terapêutico Singular, envolvendo em sua construção a equipe, o usuário e sua família.

Rosa (2003) aponta para cinco direções, não excludentes entre si, na visibilidade e engajamento dos familiares nas estratégias e atenção psicossocial, vejamos quais são:

A Organização Pan Americana da Saúde (2001) recomenda o envolvimento de familiares “na formulação e na tomada de decisão sobre políticas, programas e serviços” (2001, p.149) o que está em sintonia com os princípios de controle social defendidos pelo Sistema Único de Saúde do Brasil.

Ter os familiares como parceiros requer incorporar suas necessidades e olhares no cotidiano assistencial. Valorizar e abrir-se para o conhecimento que constroem no provimento de cuidado na base do “ensaio e erro”.