De acordo com as ponderações acima apresentadas, certamente, conhecer melhor as famílias (perguntar, ouvir e observar seus contextos; forma como entraram em contato com a situação de uso de drogas de seus familiares; o que provoca mais insegurança e medo nesta situação; as complicações sociais e legais deste uso; entre outras) amplia capacidade das equipes de saúde para ofertar cuidado adequado, efetivo e construir sentido na relação com seus usuários e familiares. Da mesma forma, potencializa a capacidade da equipe em identificar, singularizar e acionar rede de proteção e de cuidado.

Saiba Mais

Há filmes e documentários que apresentam os efeitos do proibicionismo às drogas para a vida dos usuários, seus familiares e para a própria rede de saúde. Sugerimos: “Cortina de Fumaça”. Direção: Rodrigo Mac Niven. Brasil, 2009. Duração: 94 min., e “Quebrando o tabu”. Direção: Fernando Grostein Andrade. Brasil, 2011. Duração:79 minutos.

Alguns estudos vêm explorando as diferentes fases pelas quais passa uma família com problemas decorrentes de uso de drogas em seu cerne, que embora seja dividida em fases, não se esgota em cada uma delas, haja vista vários sentimentos acompanharem todo o percurso.

Uma das abordagens utilizadas para se compreender o sofrimento das famílias com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas é aquela apresentada por Payá e Fliglie (2004, p.340). Veja a seguir as fases identificadas por eles no percurso das famílias.