No caso da sobrecarga em familiares de usuários de drogas ilícitas, acrescenta-se a experiência possível com consequências advindas da relação com mercados de drogas militarizados e com a reação armada dos agentes de segurança. Potencializar trocas de experiências entre familiares e orientá-los com suporte de redes intersetoriais para a proteção com relação à essas consequências da condição de ilegalidade de algumas drogas devem ser objetos da atenção psicossocial.
A colaboração dos trabalhadores de saúde é também fundamental para trazer outras pessoas do grupo familiar para a arena do cuidado, permitindo que o cuidador principal possa modificar seu estilo de vida, até para se preservar de riscos e danos à saúde e na esfera social.
Os Pontos de Atenção da RAPS configuram uma das modalidades de divisão de cuidado com os familiares cuidadores, mas, é necessário, quando possível, estender esta divisão para o interior das famílias, que passam por intensas mudanças em sua configuração e dinâmica interna, traduzida conforme Vasconcelos (2012), vejamos:
