Uma sugestão é ter paciência e evitar respostas muito prontas e rápidas. Esse tipo de resposta pode até diminuir a ansiedade da equipe, mas não costuma ajudar na reflexão. É importante que alguém possa assumir uma atitude indagadora, mais de perguntar do que de responder, e que se crie um espaço de escuta e confiança, onde todos se sintam à vontade para se expressar e posicionar. Obviamente vão surgir divergências e conflitos mas, se a ambiência relacional da equipe for acolhedora e receptiva, será mais fácil lidar com essas questões.

Daí a importância de exercitar a inventividade e a criatividade, bastante valorizadas nas ciências e nas artes e, por vezes, esquecidas no cotidiano de atuação das equipes de saúde. O processo de cuidado envolve a incerteza da experimentação, a criação, junto com o usuário, de novas perspectivas de intervenção. Os desfechos muitas vezes não são controláveis, por isso é importante reavaliar o que está sendo feito, de modo a considerar diversas possibilidades ao elaborar uma intervenção em saúde.