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Após alguns minutos, Felipe vai à porta da sala de Rita e a provoca:
– Tchau, Rita. Já que você gosta tanto dos bebês, vou deixá-la sozinha com eles enquanto vou fazer algumas visitas domiciliares com a Lucimar. – e sorri ironicamente.
– Nem pense nisso, meu amiguinho. – responde Rita em tom malicioso. – Ou esqueceu que você marcou um horário para atendermos juntos a Darlene e o bebê dela? – e, dizendo isso, solta uma gargalhada. – Desde a consulta do Samuel que estamos aguardando esse momento, lembra-se?
– Tá, tá, lembrei. Eu e essa minha mania de marcar pacientes complicados no meu dia de VD. Espero que ela não venha... – suspira Felipe.
– Passei lá pela manhã, como o senhor pediu, e ela me disse que viria, doutor. – comenta a ACS Lucimar, sorrindo e já participando da conversa.
– Viria não, veio! Ela acabou de chegar. – comenta Rosalina, voltando da recepção. – Já vou passar o prontuário para a Cleonice triar. – diz, sorrindo.
– Vocês venceram por hoje, mas me aguardem amanhã. – sorri Felipe, sentindo que perdeu a batalha e, virando-se para Rita:
– Rita, você faz a avaliação do bebê e, quando for para conversar com a Darlene, me chama que eu entro, ok? Enquanto isso, vou renovando algumas receitas de psicofármacos para não deixar acumular.
Ele se dirige à sua sala, após o aceno positivo de Rita para aproveitar aquele tempo. Todo tempo vago era importante para a renovação de receitas, afinal era dado um prazo de dez dias desde a solicitação até a retirada da receita.
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