Quando se trata de agressões físicas, a proporção de agressões contra travestis e transexuais aumenta para 42,3%, ao passo que para lésbicas diminui para 9,8%, 16,6% para gays e 7,3% para bissexuais (CARRARA; RAMOS; CAETANO, 2003). A pesquisa realizada na 9ª Parada do Rio reitera a alta incidência de discriminação, representando 64,8% de uma amostra de 629 participantes (CARRARA & RAMOS, 2005).

É importante ressaltar que as pessoas que se identificam dentro dessas diversidades não apenas sofrem discriminação e (ou) violência por esses aspectos, mas pelas outras categorias que representam.

Assim, as lésbicas, por exemplo, estão mais sujeitas à violência simbólica do que os gays, uma vez que na constituição de seu status contabilizam-se a superposição de diferentes dominações simbólicas – num caso de maior superposição de dominações simbólicas estariam as lésbicas negras e pobres ou as trans-mulheres negras e pobres.

Prosseguindo em nossos estudos, vamos ver que existem também outros fatores culturais e históricos que permeiam essas populações. Acompanhe.