3.6.1 Genograma

Em termos históricos é interessante apontar que a utilização do Genograma no contexto sistêmico familiar remete a Murray Bowen (1991), através de seus estudos de árvores genealógicas de famílias americanas que abarcavam um período de 100 a 300 anos. Segundo Andolfi (2003), a partir de seus estudos, evidenciou o processo de transmissão de características familiares de uma geração para a outra, e como é possível focalizar e estudar diversos fenômenos humanos através da perspectiva intergeracional.

Seguindo essa perspectiva, Andolfi (2003) define e descreve o genograma diferenciando-o do que anteriormente se conhecia como árvore genealógica. Afirma que a árvore genealógica tem como principal característica a de ser utilizada no contexto da anamnese médica e centraliza-se nos fatores hereditários ou etiopatogênicos. Já no que diz respeito ao genograma, o autor o define como uma rede ampla de pessoas e eventos, cujo acesso às informações pode ir além de nomes, considerando-se, ainda, a idade de todos os membros de uma família, dos dados de acontecimentos específicos significativos (nascimento, casamento, separações, mortes,