Associado a isto, cabe aqui mencionar, que com a interferência no silêncio do sistema familiar que apresenta violência, seja através da mudança de papéis de seus integrantes, seja através do questionamento das crenças a respeito da violência, ou ainda pelo reconhecimento efetivo de ajuda que as redes podem aportar, estar-se-á interferindo num processo histórico que alimenta um circuito de violência na família, acolhendo e dando voz a seus integrantes, gerando outras possibilidades de compreender e vivenciar o problema, não somente para os que sofrem a violência, como também para aqueles que a perpetram (RAVAZZOLA, 2005; MORÉ, 2014).

Consideramos relevante assinalar, ainda que brevemente, outro aspecto importante que perpassa toda a temática da violência e está também presente no contexto da atenção básica

da saúde, que é o papel da Justiça. Trazemos aqui a contribuição de autoras que nos chamam a atenção sobre o papel da Justiça junto às famílias em situação de violência.

Assim, as questões do privado (família ou violência) e do público (justiça, saúde e comunitário) levantam uma série de aspectos que precisam ser refletidos e qualificados no contexto das intervenções profissionais, quando acionamos alguma dessas instâncias.