Acredita-se que esses pressupostos, constituem a base para reflexão e a escuta da família e sua rede, em situação de violência, que, por sua vez, implicam a necessária ressignificação de saberes tradicionalmente presentes na formação profissional. Formação esta que por um lado sustenta uma postura assistencialista que retira a possibilidade do protagonismo dos envolvidos e, por outro, sustenta uma postura individualista de ação, fazendo perder a perspectiva da equipe.

Importante destacar o trabalho em equipe, compreendido aqui como as múltiplas vozes que se somam para pensar ações junto às famílias em situação de violência, é uma condição primordial para a intervenção.

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Propomos que você pare um pouco a leitura e assista a um vídeo “Primary Colors of Light” como meio de incitar mais reflexões sobre a intervenção com famílias em situação de violência. Este vídeo pode ser visto como uma metáfora relacionada ao trabalho multidisciplinar das equipes de saúde, em que cada profissional tem um olhar específico sobre o fenômeno da violência, e é justamente o conjunto desses olhares que enriquece a intervenção com famílias, sustentando a proposta da “clínica ampliada” presente nas políticas públicas. Clique aqui para acessar.

3.3 Conhecimentos e reflexões necessárias para fundamentar as práticas

Sem o intuito de esgotar a diversidade de conhecimentos sobre a intervenção em situações de violência familiar, parte-se do reconhecimento da extensa produção científica relacionada à temática vinda dos diferentes campos do saber, tanto no âmbito internacional como nacional. Destaca-se desses estudos, sobretudo, os fatores potencialmente de risco e potencialmente de proteção, presentes em nível individual, relacional, comunitário e social.