Como apontam Pasche e Passos (2008), o SUS é uma conquista nascida das lutas pela democracia no país, que em 1988 ganhou estatuto constitucional.

Entretanto, a trajetória de construção dessa conquista tem enfrentado muitos obstáculos e desafios, tanto no que se refere à atenção aos usuários quanto no campo da gestão da saúde.

Você sabe como foram os debates da Humanização do SUS?

Como um dos marcos iniciais desse debate da humanização no SUS, podemos apontar o final dos anos de 1990.

Debate de Humanização do SUS

Depois de uma década de funcionamento do SUS, a situação problemática em que se encontravam a atenção ao usuário e as condições de trabalho dos agentes de saúde – prejudicando o acesso e a qualidade dos serviços de saúde – levou o Ministério da Saúde (MS) a inserir a humanização no SUS como pauta de sua agenda institucional.

Debate de Humanização do SUS

Durante a 11ª Conferência Nacional de Saúde, ocorrida em 2000, a humanização se tornou pauta no debate do SUS, traduzida mais formalmente pela escolha do tema central: “Efetivando o SUS – acesso, qualidade e humanização da atenção à saúde com controle social” (CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 2001).

Debate de Humanização do SUS

Simultaneamente ao debate político, no mesmo ano, o Ministério da Saúde, sensível às manifestações setoriais e às diversas iniciativas locais de humanização das práticas de saúde, criou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH).

Debate de Humanização do SUS

Esse programa estimulava a disseminação das ideias da humanização, os diagnósticos situacionais e a promoção de ações humanizadoras de acordo com realidades locais, com o objetivo de fomentar ações para a melhoria da qualidade da atenção à saúde, porém restritas ao âmbito hospitalar e à dimensão assistencial, focando inicialmente em ações voltadas ao usuário e, posteriormente, ao trabalhador.