Alguns autores destacam que a atenção às mulheres em situação de violência tem se organizado de maneira fragmentada e pontual, além de que alguns serviços não estão preparados para atender aos envolvidos de maneira integral.

De um modo geral, as vítimas de violência percorrem vários caminhos, em decorrência de um processo desarticulado dos serviços, transformando o que deveria ser um itinerário terapêutico de proteção da pessoa numa verdadeira via crucis, repleta de preconceitos e negação de direitos.

Em relação à assistência, o profissional de saúde tende a fragmentar ação e objeto de trabalho, reduzindo a abordagem da saúde (doença) aos saberes biomédicos desarticulados do contexto biopsicossocial (LACERDA, 1998).

2.2 HUMANIZAÇÃO DA ATENÇÃO E DA GESTÃO DO SUS

Entender o locus que a Política Nacional de Humanização (PNH) ocupa no âmbito do SUS atualmente requer situá-la historicamente no processo de construção da efetivação mais radical do sistema de saúde.