o compromisso da confidência é fundamental para conquistar a confiança do usuário. O manejo e as ações da equipe devem incluir mecanismos para proteger o segredo das informações, visto que o respeito a esse princípio ético encoraja homens e mulheres em situação de violência a procurarem ajuda, além de proteger a vítima da discriminação que pode resultar da revelação de informações pessoais.
abordar situações de violência intrafamiliar significa desbravar um caminho complexo e delicado. O ato de expor detalhes pessoais e dolorosos ao outro pode fragilizar ainda mais a pessoa vitimada, provocando fortes reações negativas. Portanto, o profissional deve estar consciente dos efeitos de sua intervenção e capacitado a adquirir, acima de tudo, uma atitude compreensiva e não julgadora, que contribua para evitar o dano. Também é papel do profissional evitar o questionamento repetido à pessoa agredida, sobre o mesmo aspecto do problema, a fim de impedir que se forme um processo de revitimização.
ao sofrer violência, cada pessoa lida com essa situação com as condições emocionais e materiais de que dispõe. Muitas vezes o fato de ela solicitar auxílio não significa que está apta a colocá-lo em prática, em razão dos complexos efeitos da violência sobre sua saúde mental. Não é papel do profissional acelerar esse processo ou tentar influenciar as decisões das pessoas, muito menos as culpabilizar por permanecerem na relação de violência, mas sim confiar e investir na sua capacidade para enfrentar os obstáculos (BRASIL, 2001b).
Sugerimos aqui dois artigos que podem complementar seus estudos. O primeiro trata a respeito da Bioética e a Atenção Básica, e segunda traz conhecimentos específicos sobre homens, violência de gênero e atenção integral em saúde. Confira!