Falar de conhecimento é falar de conhecer. Muitas vezes, conhecimento é confundido com fatos analisados a partir do pensamento científico. O termo "conhecimento" inclui descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos com base científica, no entanto nem todo conhecimento é científico. Conhecimento pode ser definido como aquilo que se conhece de algo ou alguém. E o que se conhece refere-se ao que é chamado de dado (VIRGINIO, 2006).
Dado é símbolo ou código, decifrável por quem conhece seus significados, que diz respeito a uma característica do fenômeno que está sendo estudado (TEIXEIRA, 2002).
Podemos ver, então, que um dado não são somente códigos agrupados, principalmente ele tem uma utilidade bem estabelecida, que é servir como base ou fonte de informações, já que uma informação seria o que é gerado a partir da decodificação de dados (MACHADO, 2003).
Por exemplo, quando é aferida a pressão arterial de um paciente, os números presentes no esfigmomanômetro em si são apenas números, mas, dado o aparato técnico que reveste a ação, eles indicam as pressões arteriais sistólica e diastólica, desde que o procedimento de aferição da pressão arterial esteja correto. Se não estiver, poderá ser interpretado incorretamente, uma vez que, nessa leitura, estão incluídas informações que tangem ao paciente e que serão interpretadas por quem se propuser a levantá-las.
Nessa linha de pensamento, não é possível deixar de perceber que os dados, as informações decorrentes e a interpretação do contexto referem-se a um processo comunicativo porque informam ao outro algo registrado. A implicação direta de tal percepção é que, a partir dos dados e de suas informações, existe a possibilidade de comunicar saberes, de forma que o conhecimento possa ser compartilhado.
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Alguns de nós podem estar pensando: mas qual a relação entre os dados, as informações e o conhecimento?
Existe uma definição clássica de que o conhecimento consiste na crença verdadeira e justificada, um pensamento que se originou do filósofo grego Platão (CHAUÍ, 2000).
O conhecimento tem a característica de poder ser apreendido por outras pessoas. Essas informações transmitidas permitem que as pessoas construam conhecimentos próprios em suas mentes, ou seja, conhecimento é aquilo que o homem absorve de alguma maneira através de informações que lhe são apresentadas para um determinado fim ou não. Quando os dados são organizados e possibilitam informações que tenham alguma aplicação, servem como base para a construção do conhecimento.
O conhecimento advém da curiosidade do ser humano, que busca resolver os problemas e tenta entender como os fenômenos acontecem, provocando um movimento constante de atualização da ciência.
Conheça, a seguir, os tipos de conhecimentos.
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É importante destacar que a pesquisa científica pode envolver as diversas áreas da ciência, seja ela natural, exata ou social, visto que, em todos esses campos, a busca pelo conhecimento vem se desenvolvendo através dos tempos.
A importância do conhecimento científico é a busca de sentido amplo, que seja capaz de ver além dos casos particulares que investiga, buscando aplicabilidade/explicação aos demais. De modo algum pode ser pensado como mais importante do que outras formas de conhecimento, até porque existem fragilidades em sua maneira de observar a realidade. Deve-se ter em mente que o conhecimento científico apresenta limites, principalmente porque se baseia na aplicação de técnicas que são em si limitadas.