Aula 1 Educação a Distância
Tópico 04 Elementos da EaD Online


A relação entre os três elementos básicos de todo o processo de ensino-aprendizagem, portanto, está modificada na EaD online: o conteúdo a ser apreendido, o emissor e o receptor, esses os três participes mencionados, relacionam-se de modo diferente, a partir do momento em que a postura do aluno deixa de ser meramente passiva, como no esquema presencial típico, e isso requer abordagem e posturas bem diferentes, tanto por parte do aluno quanto do mestre.


Além disso, tendo em vista saber-se que o aprendizado entre os seres humanos é tanto melhor obtido quanto mais se utiliza a participação dialógica, no ensino a distância prioriza-se a construção coletiva do saber, e surgem outros atores envolvidos, como a figura do tutor, que se torna necessário conseguir profissionais com competências específicas para adequar o material à condição ou formato próprio da EaD online (por exemplo, o design pedagógico).


Para Belloni (2001) o tutor deverá atualizar-se constantemente, pensando em uma formação continuada que o capacite a exercer sua profissão em sintonia com as pesquisas mais recentes e inovações de sua área. A autora faz referência a diferentes dimensões da formação do tutor: dimensão pedagógica, tecnológica e didática.

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Observação

No conceito acima apresentado é interessante destacar, por fim, o termo processo. Um processo é forçosamente algo ainda não concluído, não finalizado, e isso confere à Educação a Distância online uma condição única, a de estar evoluindo constantemente, de trazer em si o germe de melhorias constantes, de permanente aperfeiçoamento. Essa postura, por outro lado, deve ser hoje estimulada em todos os profissionais na sociedade dita do conhecimento, tendo em vista a possibilidade de sua constante e rápida reconstrução

Esse estado de quase permanente mudança, portanto, é talvez o principal motivo pelo qual o ensino não deve ter mero caráter instrucionista, de buscar fornecer apenas acúmulo de conhecimentos, numa sociedade que privilegia a inovação, sem que isso favoreça a aquisição de competência ou proporcione uma mudança de hábito, quando então, e somente assim, se pode realmente afirmar que houve aprendizado. Justamente na EaD, deve-se procurar o oposto do que Paulo Freire chamou de “educação bancária”, aquela em que o aluno é induzido tão somente a obter créditos.