Pré-natal: Importância, Consultas, Registro Histórico

A consulta de pré-natal tem por finalidade as seguintes ações:

1. avaliar a saúde da mulher e do feto e seu desenvolvimento, garantindo o bem-estar do binômio;
2. identificar os fatores de risco que possam impedir o curso normal da gravidez e encaminhar a gestante para níveis de referência de maior complexidade que assegurem a ela o tratamento precoce das condições anormais;
3. favorecer a compreensão e a adaptação às novas vivências da gestante, companheiro e familiares, além de instrumentalizá-los em relação aos cuidados neste período;
4. preparar para o parto e pós-parto e para o exercício da maternidade e paternidade (BRASIL, 2006).

Essa consulta, para o pré-natal atingir suas finalidades, deve possuir etapas que atentam para uma série de aspectos. Veja:

Etapas de uma consulta pré-natal:

1. histórico e anamnese,
2. exame físico geral, bucal e exames complementares;
3. levantamento de problemas ou dados;
4. análise dos dados;
5. plano de cuidados

Tais etapas levam a um resultado esperado, clique e confira:

As consultas às gestantes de baixo risco devem ser realizadas de forma alternada por enfermeiras e médicos da ESF, devendo ser garantido que ambos as desenvolvam. Realizam também o acompanhamento pré-natal, de acordo com as especificidades da gestante, os demais membros da equipe de saúde: odontólogo, nutricionista, psicóloga, assistente social e os demais profissionais.

A caracterização de uma situação de risco não implica necessariamente referência da gestante para acompanhamento em pré-natal de alto risco. As situações que envolvem fatores clínicos mais relevantes (risco real) e/ou fatores preveníveis que demandem intervenções mais complexas devem ser necessariamente referenciadas, podendo, contudo, retornar ao nível primário quando se considerar a situação resolvida e/ou a intervenção já realizada.

Ao necessitar referenciar, o profissional de saúde deve registrar os dados da consulta no prontuário e na folha de encaminhamento, esclarecendo o motivo da necessidade de referenciar a gestante. Da mesma maneira deve agir a instituição que fizer a contrarreferência. A unidade básica de saúde deve continuar responsável pelo seguimento da gestante, encaminhada a um nível de maior complexidade no sistema, podendo fazê-lo através de visitas domiciliares (BRASIL, 2006).

O registro da evolução do tratamento é importante para a proteção da usuária, comprovação da realização das ações, garantia do pagamento da atividade após fechamento dos critérios mínimos do PHPN, e para estabelecimento de indicadores de processo  para o planejamento de saúde municipal, estadual e nacional.

Existem fatores da gestação que devem ser anotados no registro do pré-natal. Acompanhe esses fatores e que informações trazidas pelas gestantes devem constar desse registro clicando em avançar a seguir.

Todos os quesitos citados devem ser abordados na primeira consulta e aprofundados nas consultas subsequentes. Na gestação atual, você deve ficar atento ao comportamento e às informações da gestante quanto:

1. às queixas,
2. às necessidades e aos conhecimentos sobre o processo da gestação e  do nascimento,
3. ao planejamento e à aceitação da gravidez;
4. aos sentimentos, aos medos e às dúvidas;
5. à data da última menstruação (DUM);
6. à idade gestacional (IG);
7. à data provável de parto (DPP);
8. aos hábitos;
9. aos dados antropométricos;
10. aos desconfortos gravídicos e sinais característicos de gravidez;
11. aos exames realizados;
12. à sexualidade;
13. às alergias;
14. aos medicamentos utilizados;
15. ao uso de drogas lícitas ou ilícitas;
16. às vacinas;
17. à alimentação;
18. aos movimentos fetais;
19. aos fatores de risco;
20. à queda do ventre;
21. alterações ou infecções apresentadas;
22. outros cuidados  na  gestação.

Conforme exposto acima, o pré-natal é um tratamento que envolve uma série de procedimentos que visam ao bem-estar da gestante e do feto. Teste seu aprendizado a respeito desses procedimentos realizando a atividade abaixo.