Estima-se que a infecção pelo Mycobacterium tuberculosis atinge dois bilhões de pessoas (um terço da população mundial), dos quais cerca de 9 milhões desenvolverão a doença e 2 milhões morrerão a cada ano. Outro fato importante a ser lembrado em relação à referida doença é que este sério problema da saúde pública está profundamente ligado à precariedade das condições de vida, à pobreza e ao estigma social, que prejudica a adesão dos portadores e/ou familiares/contactantes. Além disso, a situação da doença no mundo vem se agravando com o surgimento da epidemia de aids, o surgimento de focos de tuberculose multirresistente, bem como complica-se quando se alia às drogadições (especialmente o alcoolismo).
De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), 50 milhões de pessoas estão infectadas pelo bacilo da tuberculose, entre 85 e 100 mil casos novos são notificados anualmente (incidência de 47/100.000 habitantes) no país (BRASIL, 2010b).
São verificados, em nosso país, cerca de 6 mil óbitos por ano em decorrência da doença. As metas internacionais (OMS, 2010) e pactuadas pelo governo brasileiro são de efetivo controle da tuberculose no país. Fazem parte destas metas: descobrir 70% dos casos de tuberculose estimados e curá-los em 85%, o que inclui reduzir as taxas de abandono de tratamento e surgimento de bacilos resistentes.
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Vamos relembrar aqui também de alguns tópicos sobre a Tuberculose (Tb). Clique no link abaixo para conferi-los.
Para que se possa chegar à quebra da cadeia de transmissão da TB, são necessárias ações articuladas e diferentes profissionais. As UBS, mesmo que contando com Unidade de referência de média complexidade, precisam que seus profissionais estejam capacitados em ações de controle da tuberculose (busca e detecção precoce de casos, tratamento eficiente e supervisionado).
Conforme o Ministério da Saúde (BRASIL, 2008a), a busca de casos de tuberculose deve ser feita pela equipes de saúde com o apoio da comunidade mobilizada e, portanto, bem informada, e deve estar dirigida para:
sintomas respiratórios (tosse com expectoração há pelo menos três semanas) ou sintomatologia compatível com TB (febre vespertina, suores noturnos, perda de peso, escarro sanguíneo (hemoptoico) e/ou dor torácica);
pacientes com história de tratamento anterior para tuberculose;
pessoas com contato com casos de tuberculose (pessoas que coabitam com paciente de TB);
populações de risco: pessoas privadas de liberdade, asilos, instituições
psiquiátricas, abrigos;
portadores de doenças debilitantes (diabetes, neoplasias);
imunodeprimidos por uso de medicamentos;
imunodeprimidos por infecções, como o HIV;
usuários de drogas;
moradores de rua;
trabalhadores da área de saúde.
Saiba mais:
Um bom exercício para rever informações básicas para profissionais de saúde é acessar o seguinte documento:
Neste estudo, você conheceu um pouco sobre a Tuberculose. Viu, então, entre outras coisas, sua gravidade e a importância da equipe de enfermagem dar bastante atenção ao tuberculoso para este levar até o fim seu tratamento.
Agora, faça a autoavaliação a seguir e verifique seu aprendizado sobre essa doença, caso não tenha um desempenho satisfatório, refaça seus estudos.