Geralmente se pensa em grupo como um conjunto de pessoas ou objetos, como está explicado no dicionário Aurélio.
Não é apenas a junção de pessoas que compõe um grupo, mas sim os seus objetivos comuns e/ou o mesmo comportamento ou atitudes.
Para Osório (2003), é justamente a capacidade de reconhecer as singularidades, a meta comum e a ação interativa entre os indivíduos que formam um sistema humano ou um grupo.
Osório, L. C. Psicologia grupal: uma nova disciplina para o advento de uma nova era. Porto Alegre: Artmed, 2003.
A vida grupal faz parte da história do homem, pois desde muito cedo se perceberam as vantagens de se organizar dessa forma, justamente porque o ser humano é gregário, ou seja, tem tendência a se juntar e temporariamente perder as características individuais para assumir uma coesão de grupo. Uma origem da formação espontânea de grupos vem do grupo primordial – a família.
Uma sociedade é composta por diversas comunidades, que são formadas pela reunião de diversas famílias e organizações institucionais constituídas por pessoas.
Desde seu nascimento e ao longo de seu desenvolvimento, o ser humano está inserido e interagindo em distintos grupos: família, escola, trabalho, amigos. Nesse sentido, o indivíduo não existe sem a sociedade e vice-versa, eles se complementam, interpenetram-se e confundem-se.
A atual psicologia grupal nasceu da confluência de diferentes disciplinas existentes, principalmente da associação da psicologia individual e da psicologia social.
O grupo como espaço terapêutico é um conhecimento antigo, que existiu no contexto das famílias primordiais e nos arcaicos clãs que iniciaram a ordem social e que até hoje se mantém.
Saiba Mais:
Segundo o estudioso Osório (2003), somente no último século do milênio surgiram os primeiros estudos sobre fenômenos grupais. Para entender melhor o que esse autor explica, consulte seu livro:
Osório, L. C. Psicologia grupal: uma nova disciplina para o advento de uma nova era. Porto Alegre: Artmed, 2003.
A seguir, você verá nomes importantes da psicologia no que diz respeito aos trabalhos grupais.
Clique sobre os nomes dos autores para compreender a contribuição de cada um para o contexto dos estudos sobre grupos.
Muito bem! Você conheceu a evolução dos princípios teóricos e práticos relativos às propostas de interação grupal. Continue atento para aprender mais sobre a teoria de grupo.
Hoje existem novos paradigmas que influenciam nas práticas de grupo. Um deles é o pensamento pós-moderno, que propõe a mudança do foco, privilegiando a interação entre os membros do grupo ao invés do intrapsíquico.
O outro paradigma é ditado pela teoria da comunicação humana, segundo a qual a linguagem verbal apenas expressa o pensamento e carece de uma semântica que a comunicação não-verbal possui e transmite o tempo todo no campo relacional. Outro aspecto importante é que não existe a neutralidade na relação do coordenador do grupo e os seus indivíduos, que estão em constante troca, porque todos são influenciados pelos feedbacks emitidos entre eles.
É nesse contexto de construção histórica do trabalho com grupos que surge a psicologia grupal como área de conhecimento reconhecida no campo da psicologia. Seu objeto de estudo são os microgrupos humanos, aqueles que permitem que os indivíduos se reconheçam na sua singularidade e mantenham ações interativas em prol dos objetivos comuns.
Muito bem! Você já sabe tudo sobre o conceito de grupo e sobre sua trajetória histórica.
Faça uma autoavaliação para reforçar seus conhecimentos.
Redobre o ânimo para continuar, com êxito, seus estudos!
