Estratégia para melhoria da adesão ao rastreamento do Câncer de Mama, no Município de Cordilheira Alta - SC.

Abstract

O câncer de mama é a neoplasia que apresenta as maiores taxas de prevalência e mortalidade entre as mulheres brasileiras (excetuando-se o câncer de pele não melanoma). É um tumor de início insidioso e com elevado índice de cura se diagnosticado precocemente, podendo aumentar consideravelmente a sobrevida das mulheres acometidas se tratado adequadamente. A interferência na sobrevida por câncer de mama, em uma população, somente é possível se o índice de adesão ao rastreamento através da mamografia for considerável. Além disso, enfatiza-se os grandes custos dos sistemas de saúde, principalmente públicos, com esta patologia, justificando a necessidade de se intervir para ampliar a detecção precoce. No Sistema Único de Saúde (SUS), as diretrizes do Ministério da Saúde são as referências para este rastreamento, preconizando-se que mulheres entre 50 e 69 anos realizem mamografia a cada dois anos. Através de uma pesquisa realizada no banco de dados do Município de Cordilheira Alta - SC e da clínica prestadora de serviços radiológicos, foi constatado que entre as 488 mulheres cadastradas no SUS, na faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde para o rastreamento de câncer de mama (50 a 69 anos), somente 324 aderiram ao programa (66,39%). Com o objetivo de aumentar esta adesão, foi proposto um projeto de intervenção com os principais focos: identificação das 164 mulheres que não realizaram mamografia nos anos de 2015 e 2016; busca ativa; agendamento de avaliação clínica; solicitação e realização de mamografia. O projeto deverá ser implantado entre janeiro e dezembro de 2017. Espera-se alcançar a adesão ao programa de rastreamento de câncer de mama de pelo menos 90% das mulheres entre 50 e 69 anos. Após a realização deste projeto, deverá ser realizada nova pesquisa, para comparar com dados anteriores e para averiguar a porcentagem de adesão atingida.