Preconceito com o hanseniano no âmbito da atenção primária à saúde

Abstract

Pode-se observar que a sociedade ainda tem o preconceito quanto à hanseníase devido à falta de informação e de conhecimento, pois já que quando iniciado o tratamento e continuado, o paciente não mais transmite a doença. Entretanto, o estigma social ainda é existente. Para isso, são indispensáveis o treinamento dos profissionais de saúde; educação em saúde para a população objeto de estudo e a realização de palestras e consultas grupais na família, possibilitando a comunicação e o entendimento sobre o preconceito e estigmas que traz a doença. O objetivo é reduzir o nível de preconceito sentido pelo paciente portador de hanseníase na Unidade Básica de Saúde Maria Jose Ferreira no Povoado Morro do Chupé. Para a realização desse projeto de intervenção, houve a necessidade do diagnóstico situacional sobre o tema abordado. Trata-se de um estudo de intervenção, com abordagem qualitativa. No que se refere aos resultados, nota-se que muitas vezes o preconceito e o estigma surgem não apenas das pessoas de fora, mas do próprio paciente, em aceitar a doença, criando, frequentemente, o rompimento dos laços, tanto com os amigos, quanto com a família, assumindo um papel de isolamento dentro da própria casa. A ESF tem o propósito de implantar a educação em saúde, garantindo os direitos dos pacientes de forma que o preconceito minimize, a partir do conhecimento, planejamento de ações e organização do processo de trabalho.