FICHA TÉCNICA DO RECURSO

MITOS, PRECONCEITOS E A BAIXA ADESÃO AOS EXAMES DE RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA: ULTRASSONOGRAFIA COMO RECURSO POTENCIAL - ESF II PALMARES PAULISTA - SP
Muitas doenças envolvem a glândula prostática, incluindo as anormalidades da estrutura prostática, as infecções, os cistos, a hipertrofia (aumento) e o câncer (o mais comum do homem). O exame ultrassonográfico é usado para detectar as doenças e as alterações prostáticas junto com o toque retal e outros exames laboratoriais. A dosagem do PSA (antígeno prostático especifico) no sangue, embora seja considerado um bom rastreador do câncer de próstata, detecta apenas 70% dos casos. O toque retal também não consegue detectar o câncer mais agressivo da próstata, pois ele cresce invadindo e mesclando-se com o tecido prostático não canceroso, o que impossibilita ao médico senti-lo como um nódulo distinto do restante da glândula. Portanto, é indispensável se submeter casos em investigação ao exame ultrassonográfico retal (de alta resolução), associado ao estudo com Power Doppler, para que sejam detectados praticamente todos os casos desta moléstia, em especial quando o câncer está no seu estágio inicial, que é curável. Resumindo podemos levar em consideração a utilização do ultrassom trans retal em associação aos demais recursos para o diagnóstico do câncer de próstata. O risco de uma área hipoecóica da zona periférica da próstata (região que responde por 70% dos casos de câncer da glândula) não ser visualizado varia de 17 a 57%. Alguns tumores são isoecóicos (não têm contraste entre o tecido normal e o patológico) e não são vistos. Além disso, é comum a próstata ser heterogênea, o que dificulta identificar determinada área. O tumor maligno cresce mais rápido do que o tecido normal ou TU benigno, pois requer maior suprimento de sangue e é mais vascularizado. Portanto, recomenda-se atualmente a complementação do estudo morfológico com o Power e Doppler-duplex colorido. O Doppler colorido não é o melhor método para o exame da próstata, pois os vasos que estiverem orientados paralelamente à sonda (ângulo de 90º) não serão identificáveis, enquanto que o Power Doppler independe do ângulo de incidência consegue detectar muito mais vasos e com fluxo mais lento. Os equipamentos de ultrassom mais antigos não melhoravam a acuidade diagnóstica, pois não tinham a sensibilidade para detectar os vasos diminutos e com fluxo sanguíneo lento da próstata. Essa situação mudou completamente com o advento dos equipamentos mais recentes e sofisticados de Power Doppler. A probabilidade de haver um câncer de próstata aumenta 4.7 vezes se houver hipervascularização focal no estudo Power Doppler. A biópsia da próstata deverá ser direcionada com ultrassom para zona de maior risco (hipervascularizada) e, dessa forma, é possível diminuir o número de biópsias que serão realizadas. Diante dessas constatações realiza-se esse Projeto de Intervenção com o objetivo de qualificar a atenção aos homens adscritos à área de abrangencia da ESF II da UBS PALMARES PAULISTA - SP., por meio de ações educativas para prevenção do câncer de prostata.

  • ASSISTÊNCIA À SAÚDE (N )
  • Características da População (N01 )
  • Saúde (N01.400 )
  • SAÚDE PÚBLICA (SP )
  • Atenção à Saúde (SP2 )
  • Saúde (SP2.770 )
  • Saúde de Grupos Específicos (SP2.770.750 )

https://ares.unasus.gov.br/acervo/static/files/Termos de uso do ARES.pdf
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/25280
20/Apr/2022