A ATUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE CONTRA A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Abstract

De acordo com o Mapa da Violência de 2015, cerca de 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil. Este fato o deixa em 5º lugar no ranking de países onde ocorrem os assassinatos de mulheres em razão do gênero. Isso acontece em decorrência de vários fatores, como por exemplo, os resquícios de uma cultura patriarcalista que é enraizada na sociedade brasileira, a construção da inferioridade feminina, a legitimação desta violência pelo Estado ao longo dos anos, a impunidade e principalmente a falta de eficácia das legislações vigentes. As diversas práticas violentas começaram a ser discutidas a partir do século XIX. No entanto, no Brasil a violência começou a ser mais debatida principalmente a partir da década de 1980. A violência entre parceiros íntimos está inserida na categoria interpessoal e apresenta naturezas diversificadas, podendo ser física, psicológica, sexual e de comportamento controlador. A forma mais comum experimentada por mulheres em todo o mundo é a violência física, considerada a ponta do “iceberg”, visto que a pessoa em situação de violência provavelmente já sofreu ou sofre os demais tipos. Interessante lembrar que a resolução 49.25 da World Health Assembly, ocorrida em 1996, declara a violência como um ds principais problemas de saúde pública. Solicitou-se então à Organização Mundial de Saúde (OMS) que desenvolvesse uma tipologia que caracterizasse os diferentes tipos de violência, bem como os vínculos entre eles. Sabe-se que a área da saúde não é a única responsável pelo enfrentamento das situações de violência contra a mulher, por isso, além de atender os envolvidos, tem-se a função de elaborar estratégias de prevenção, promovendo a saúde.