BAIXO NÍVEL EDUCACIONAL E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE - GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Abstract

A gravidez na adolescência é considerada importante indicador em avaliação de saúde, sendo reiteradamente associada a níveis mais baixos sócio-educacionais; além de ter sido frisado pela Organização Mundial da Saúde ( OMS) alarmantes da prevalência alta deste indicator nos países latino americanos- incluindo o Brasil. A atenção primária neste contexto deve ser ressaltada como porta de entrada para adolescentes em linhas de cuidado com enfoque em prevenção em saúde; ressaltando políticas que visem trabalhar a redução dos níveis de gravidez na adolescência. Nesse sentido, é proposto trabalho com grupos regulares em educação para adolescentes em uso de anticoncepcional, em idade reprodutiva; com intuito de empoderamento sobre questões fisiológicas, anatômicas e até mesmo legais em saúde reprodutiva para otimização de escolhas com autonomia e adequado esclarecimento; de forma a projetar perspectivas mais claras sobre os impactos de gravidez na adolescência com intuito de reduzir prejuízos diversos que possam advir da condição. O trabalho na atenção primária produz cenários singulares para os profissionais imersos em micro-regiões com suas próprias culturas, características sócio-econômicas e até mesmo étnicas que perfazem fatores determinantes de diferentes perfis epidemiológicos de saúde; por conseguinte, distintas propostas de ação para cada cenário. Após esta breve experiência de trabalho no Centro de Saúde San Martin, algo que se fez notável aos meus olhos foram os impactos do baixo nível educacional da população adscrita à minha equipe de saúde de forma ampla - incluindo um dos indicadores de saúde trazido pelo Ministério da Saúde que avalia o percentual de gestantes adolescentes em uma população com implicações relevantes nas complicações. Dessa forma, esse projeto propõe grupo de educação em saúde em parceria com a escola para adolescentes em uso de anticoncepciona. Espera-se com esse projeto haver melhor possibilidade de escolha por parte de adolescentes que legalmente devem se apoderar de direitos que lhe pertencem, como a escolha por uso de anticoncepção e realização de consultas regidas por sigilo reconhecido para que se sintam seguras, tendo, o grupo papel de porta de entrada para o centro de saúde a esta população.