FICHA TÉCNICA DO RECURSO

CEGONHA EM AÇÃO
        No Brasil, sobretudo a partir do ano 2000, se intensificam ações com o intuito de reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna e perinatal. Para seu alcance, contou-se com o Programa de Humanização do Parto e Nascimento e, posteriormente, com a Rede Cegonha, em 2011. Essa estratégia representa um conjunto de iniciativas que envolvem mudanças no processo de cuidado à gravidez, ao parto e nascimento, articulando os pontos de atenção em rede à regulação obstétrica. Sua operacionalização requer qualificação técnica das equipes da atenção básica e das maternidades, melhoria da ambiência dos serviços de saúde e ampliação da oferta de serviço e do número de profissionais. Tendo em vista o modelo de atenção que organiza serviços e práticas, esses vêm se dando em meio a problemas de infraestrutura, formação profissional tecnicista e de relações de poder em vários segmentos, o que tem contribuído para tensionar a atenção, constituindo-se em obstáculo à sua implementação, visando garantir o atendimento qualificado a gestantes e crianças com até dois anos de idade. A Rede Cegonha parte do diagnóstico de que as morbimortalidades materna e infantil permanecem elevadas, com prevalência da medicalização do nascimento e uso de tecnologias sem evidências científicas e que não consideram a gestante como protagonista do processo de gestação e parto.â ¯A Rede Cegonha, proposta pelo Governo Federal, é uma estratégia que visa enfrentar o problema do elevado número de óbitos de mulheres e de crianças por meio de iniciativas que mudem esse cenário existente no Brasil. As ações dessa estratégia vão além do repasse de recursos atrelado ao aumento de leitos ou da oferta de procedimentos: elas buscam a melhoria da atenção destinada a sua população-alvo. Essa iniciativa convoca os gestores, os trabalhadores e a sociedade a refletir e transformar o modelo de atenção ao parto e ao nascimento praticado no país, o qual não coloca a gestante/parturiente no centro da "cena", como protagonista do processo de gestação e parto, medicalizando e intervindo muitas vezes desnecessariamente. Nos documentos analisados, fica evidente que há o entendimento por parte dos formuladores da Rede Cegonha de que a mulher deve estar no centro no processo, implicada e vivendo a experiência da gravidez, do parto e da maternidade com segurança. Apesar disso, a Rede Cegonha não definiu ações de planejamento familiar considerando as mulheres e seus parceiros/parceiras que não desejam ter filhos; porém, os direitos reprodutivos contemplam os de querer ou não ter filhos. As mulheres deixam de ser sujeitos principais no evento reprodutivo, de estar no centro do processo. Só depois de engravidar isso deverá ser considerado pela Rede Cegonha. Outra questão fundamental para debate acerca da rede é a perspectiva de que os "pontos de atenção" necessários ao cuidado materno-infantil devem estar conectados e funcionar em rede, minimizando, assim, a fragmentação, o desperdício de recurso e a ineficiência, ao mesmo tempo em que busca garantir a integralidade da assistência.                     

  • DENOMINAÇÕES DE GRUPOS (M )
  • Pessoas (M01 )
  • Grupos Etários (M01.060 )
  • Lactente (M01.060.703 )

  • DENOMINAÇÕES DE GRUPOS (M )
  • Pessoas (M01 )
  • Grupos Etários (M01.060 )

  • DENOMINAÇÕES DE GRUPOS (M )
  • Pessoas (M01 )
  • Mulheres (M01.975 )
  • SAÚDE PÚBLICA (SP )
  • Estudos Populacionais em Saúde Pública (SP3 )
  • Características da População (SP3.522 )
  • População (SP3.522.561 )
  • Pessoas (SP3.522.561.200 )


  • DENOMINAÇÕES DE GRUPOS (M )
  • Pessoas (M01 )
  • Grupos Etários (M01.060 )

  • TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS ANALÍTICOS, DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS (E )
  • Terapêutica (E02 )
  • Assistência ao Paciente (E02.760 )
  • ASSISTÊNCIA À SAÚDE (N )
  • Instituições de Saúde, Recursos Humanos e Serviços (N02 )
  • Serviços de Saúde (N02.421 )
  • Serviços de Saúde Comunitária (N02.421.143 )
  • Serviços de Saúde Materna (N02.421.143.620 )
  • ASSISTÊNCIA À SAÚDE (N )
  • Instituições de Saúde, Recursos Humanos e Serviços (N02 )
  • Serviços de Saúde (N02.421 )
  • Assistência ao Paciente (N02.421.585 )

  • FENÔMENOS E PROCESSOS (G )
  • Fenômenos Fisiológicos Reprodutivos e Urinários (G08 )
  • Fenômenos Reprodutivos Fisiológicos (G08.686 )
  • Reprodução (G08.686.784 )
  • Gravidez (G08.686.784.769 )

  • FENÔMENOS E PROCESSOS (G )
  • Fenômenos Fisiológicos Reprodutivos e Urinários (G08 )
  • Fenômenos Reprodutivos Fisiológicos (G08.686 )
  • Reprodução (G08.686.784 )
  • Gravidez (G08.686.784.769 )


  • FENÔMENOS E PROCESSOS (G )
  • Fenômenos Fisiológicos Reprodutivos e Urinários (G08 )
  • Fenômenos Reprodutivos Fisiológicos (G08.686 )

  • ASSISTÊNCIA À SAÚDE (N )
  • Características da População (N01 )
  • Saúde (N01.400 )
  • SAÚDE PÚBLICA (SP )
  • Atenção à Saúde (SP2 )
  • Saúde (SP2.770 )
  • Saúde de Grupos Específicos (SP2.770.750 )
https://ares.unasus.gov.br/acervo/static/files/Termos de uso do ARES.pdf
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/26364
25/Apr/2022