SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE: A ATENÇÃO BÁSICA COMO POTENCIALIZADORA DA PROMOÇÃO DE SAÚDE.

Abstract

Pra muitas pessoas, a velhice é o momento da vida que coincide a idade cronológica avançada com a deterioração de funções orgânicas, sociais e mentais. Ressalta-se, porém, que a velhice e o processo de envelhecimento podem ser acompanhados de qualidade de vida, sendo a saúde física e mental importantes elementos para o enfrentamento dos percauços dessa fase. Nesse contexto a sexualidade é um importante fator, muitas vezes negligenciado na abordagem da saúde na senilidade, já que historicamente atribuiu-se ao idoso o estigma da assexualidade. Ao silenciar-se sobre a vida sexual da pessoa idosa, nega-se uma vivência plena e saudável que implica, de maneira incisiva, na saúde desse indivíduo. Se por um lado temos uma população com maior expectativa de vida graças aos avanços da medicina e tecnologias, temos por outro lado o aumento da incidência de doenças crônicas relacionadas ao envelhecimento. E nesse contexto de viver muito é que precisa-se, também, viver melhor. Abordar a sexualidade na terceira idade visa, portanto, muito além do que prevenir doenças sexualmente transmissíveis ou o uso indiscriminado de medicamentos. É muito mais que tratar disfunções ou melhorar fisiologicamente a função sexual do homem e da mulher senil. Trata-se de lidar com a sexualidade como um dos fatores característicos do ser humano enquanto indivíduo em busca da sua realização. Trabalhar com a sexualidade na pessoa idosa é um importante objeto disparador na promoção à saúde integral dessa faixa etária.