USO INADEQUADO DE BENZODIAZEPÍNICOS: ABORDAGEM PARA O DESMAME.

Abstract

Na década de 1950 foram sintetizados os primeiros benzodiazepínicos, esses surgiram como uma grande solução para os problemas relacionados com ansiedade e insônia, utilizados como ansiolíticos, anticonvulsionantes e miorrelaxantes. Porém com o uso dos benzodiazepínicos começaram a surgir os efeitos colaterais, causados principalmente quando usados cronicamente, como a dependência da droga, sedação, ataxia, maiores riscos de quedas em idosos, dentre outros, sendo contra indicado seu uso prolongado. Em uma análise de prescrições realizada por Fiorelli e Assini (2017) foi observado que no Brasil entre os anos de 2004 e 2014 os fármacos benzodiazepínicos são mais consumidos por mulheres e com tendência ao aumento de uso relacionado ao envelhecimento, e devido a dependência química e todas implicações inerentes ao seu uso passaram a constituir grande preocupação para a saúde pública. Os benzodiazepínicos são medicamentos utilizados sobretudo para situações agudas, porém o que percebemos atualmente é o uso crônico e abusivo dessas medicações e uma dificuldade extrema na retirada deles. O objetivo desse trabalho é formar um grupo de saúde mental na Unidade de saúde do Bairro Oziel em Campinas-SP, para conscientização da utilização indiscriminada dos Benzodiazepínicos e as suas consequências e propor o desmame progressivo dos medicamentos. Esse grupo será a cada 15 dias das 8h às 9h nas quartas-feiras. O público alvo serão os usuários crônicos dos benzodiazepínicos da comunidade. Contará com a presença de uma médica e de membros da enfermagem que irão expor e conversar sobre os malefícios do uso prolongado dessas drogas. Também propor ir diminuindo as doses aos poucos e em conjunto, com algumas estratégias sugeridas como lixar pouco a pouco os comprimidos, ou ir diminuindo as gotas em todas as reuniões. Após cada mês será realizado uma avaliação se o grupo tem sido eficaz para os pacientes que estão frequentando, por meio de questionário para os pacientes e conversa com os agentes comunitários de saúde.