ASSENTAMENTOS URBANOS INFORMAIS: UMA EXPERIÊNCIA DA INTEGRAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA AS PESSOAS MARGINALIZADAS.

Abstract

O acesso a saúde, é um conceito complexo que pode ser entendido como o desfecho da busca do usuário por receber o cuidado adequado para sua necessidade de saúde atual, que pode ter resultados variados (SANCHEZ e CICONELLI, 2012). Na situação de um morador de assentamento informal o acesso é extremamente violado, na grande maioria das vezes. E assim inicia-se o processo de iniquidade na atenção primária à saúde (TRAVASSOS e MARTINS, 2004). Fruto da má gestão urbana e da desigualdade social os assentamento informais geram exclusão do acesso regular aos benefícios do desenvolvimento urbano, pois ao não possuir um endereço formal bane-se o acesso a serviços públicos (incluindo a saúde), infraestruturas, espaços públicos e instalações coletivas (FERNANDES, 2011). Além disso, em geral, os assentados não possuem um serviço de saúde como referência, por estarem em territórios mais distantes do perímetro urbano da cidade e por não haver uma articulação efetiva entre a saúde e o serviço social, torna crônica e complexa a situação (SICARI,2018). Com essa percepção é evidente a necessidade do serviço de atenção primária à saúde nesses territórios, a fim de garantir o acesso à saúde e garantir os direitos sociais (BRASIL,2012).