O USO CONTÍNUO DE BENZODIAZEPÍNICOS: UM DESAFIO NA POPULAÇÃO IDOSA.

Abstract

Os benzodiazepínicos estão entre os psicofármacos mais prescritos no mundo. Há dados que relacionam seu uso crônico com aumento da mortalidade em idosos, maior risco de queda e fraturas e até mesmo demência. Sendo assim, se torna importante a descontinuação dessa droga sempre que possível. Diante do número significativo de idosos em uso contínuo de medicação controlada, sem indicação clínica para tal, se tornou essencial elaborar um plano estratégico. A proposta é, a partir das considerações levantadas, cada unidade estruturar um protocolo próprio de modo a acolher, vincular, e promover saúde a esses pacientes. Sempre respeitando a singularidade de cada um deles, proporcionando qualidade de vida a essa população. Para isso, é importante levantar o cardápio de serviços ofertados, além de estruturas de apoio presentes no território. A educação personalizada, a orientação do paciente por escrito e a formação do vínculo com o prescritor parecem ser pontos fundamentais nesse processo. As medidas propostas objetivam não só a interrupção definitiva do uso contínuo, sem critério médico, dessas drogas, mas também uma evolução progressiva do paciente e seu empoderamento sobre a própria saúde. Neste trabalho, encontramos algumas opções de formação da rede de cuidados e dados da literatura que contribuem para a elaboração de uma estratégia, na atenção primária.