EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA REDUÇÃO DE AGRAVOS EM PACIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS

Abstract

Há um número elevado de pacientes com diabéticos e hipertensos descompensados, que demandam vagas no acolhimento da UBS, por não terem o conhecimento, ou não entenderem a gravidade dos riscos a saúde, que essas doenças, quando não tratadas corretamente, acarretam. Uma das razões do tratamento incorreto é o excesso de renovação de receitas não presencial,por um período longo, muitas vezes de anos, sem que o paciente faça um acompanhamento periódico.Na população abaixo de 60 anos, a prevalência da hipertensão arterial (HAS) varia, de acordo com a região estudada (22% a 44% no Brasil), sendo de 60% a 80% entre os idosos. É uma doença crônica multifatorial, de detecção muitas vezes tardia por sua evolução lenta e silenciosa. A HAS é um dos principais fatores de risco cardiovascular e pode resultar em consequências graves a alguns órgãos (coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos), além de ser considerado um grave problema de saúde pública pela sua cronicidade, pelos altos custos com internações, pela incapacitação por invalidez e aposentadoria precoce. No Brasil, Miranzi e Cols, salientam que 17,6% das internações são em virtude da HAS e que são gastos com esse agravo (5,9%) dos recursos dispendidos pelo SUS. Já em relação ao diabetes mellitus (DM), existem no mundo cerca de 387 milhões de pessoas com essa doença, para uma prevalência de 8,3%. Um em cada doze pessoas são diabéticos, uma em cada duas pessoas com a doença não sabem que elas têm, o que representa 46,3% não diagnosticado e a cada sete segundos uma pessoa morre por essa enfermidade. Foram citadas 4,9 milhões de mortes em 2014. Espera-se um aumento de mais de 205 milhões em 2035 e 77% das pessoas com diabetes vivem em países de renda média e baixa (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE DIABETES, 2013). Diante do exposto, precisamos de ações para que possamos mudar essa situação, e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e consequentemente os gastos públicos extremos usados para pacientes HAS e DM descompensados. Percebemos a necessidade de uma intervenção para que possamos diminuir os casos descompensados e trabalharmos mais pela promoção e prevenção dessas doenças. Visto que os benefícios são tantos, que a partir dessas ações possamos ter diminuição de internações por doenças crônicas, o que gera um gasto desnecessário ao sistema de saúde trazendo ganhos a Gestão; Melhorar a qualidade e expectativa de vida da população e o monitoramento dos pacientes. Acompanhamentos por equipes multidisciplinares, melhor adesão da população ao tratamento medicamentoso, alimentação e atividades físicas de forma correta. Detecção precoce dos problemas de saúde relacionados, trabalhar com prevenção e promoção de saúde. Com tantas atividades inseridas esperamos resultados melhores. Esse projeto de intervenção se iniciou com grupos de receita realizados uma vez por semana, os pacientes que começaram conosco estão bem descompensados, esperamos que por meio das atividades eles se conscientizem para ter uma vida melhor