POLIFARMÁCIA ENTRE IDOSOS: ESTUDO EM UM CENTRO DE SAÚDE

Abstract

O Brasil envelhece de forma rápida e intensa. Segundo o Censo IBGE de 2010, a população idosa brasileira é composta por 23 milhões de pessoas, totalizando 11,8% da população total do País. A expectativa de vida para a população brasileira aumentou para 74 anos. Com o aumento da expectativa de vida da população, aumenta o contingente de portadores de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que demandam assistência contínua e na qual os medicamentos têm um papel importante. Nos últimos anos houve aumento expressivo da polifarmácia geriátrica. Mais de 40% das pessoas com 65 anos e mais consomem cinco ou mais medicamentos por semana e 12% usam dez agentes diferentes. A etiologia é multifatorial. A Atenção Básica (AB) desempenha um importante papel na estruturação da atenção à saúde no SUS como ordenadora e coordenadora do cuidado, visando garantir a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado. O objetivo desse trabalho é fazer um estudo transversal através da avaliação de prontuário de dez pacientes idosos da equipe vinho do Centro de Saúde Taquaral, Campinas-SP, em situação de polifarmácia e fazer um levantamento de quais os tipos de medicações em uso, existência de reações adversas ou efeitos colaterais, possibilidade de interações medicamentosas, necessidade real das medicações frente as comorbidades e possibilidade de redução dos medicamentos sem prejudicar o estado clínico do paciente. Os resultados esperados após este estudo é que haja uma redução de 30% do uso de medicações na média global dos pacientes selecionados, sem que haja prejuízo da saúde em nenhum dos casos.