FICHA TÉCNICA DO RECURSO

INSEGURANÇA ALIMENTAR NA ALDEIA FURO SECO: DSEI ALTAMIRA
Esta dissertação tem como apanhado geral o cotidiano vivenciado  pelo médico e enfermeira de área, assim como outros integrantes da equipe multidisciplinar de saúde indígena – EMSI da micro área da volta grande do Rio Xingu, considerando como base anotações, observação em campo, registros de prontuários e  do SIASI/SISVAN, do DSEI Altamira que abrange 6  (seis) municípios do estado do Pará,  que tem uma grande dificuldade de logística para atenção das diferentes etnias da região, tendo possíveis problemas na saúde comunitária, devido à ausência de um olhar mais profundo na saúde indígena, que vá além das metas taxadas pelo MINISTERIO DA SAÚDE/SESAI, algo que seja próprio do povo indígena e reflexo de seu território; Com a preocupação da EMSI na realidade apreciada in loco, no  território da etnia Juruna, Terra Indígena Paquiçamba, em especial o território de estudo escolhido, a aldeia Furo seco da Volta grande do Xingu, (constituída por vinte famílias, um total de 68 pessoas), na qual  são realizadas ações de Atenção Primária em Saúde na UBSI Furo Seco, onde temos uma Técnica em Enfermagem, um AIS, um AISAN e uma equipe itinerante, que apoia os atendimentos nesta área, composta por medico, enfermeira, sendo atenção deste geralmente durante as vacinas do calendário nacional, já o nutricionista, dentista e psicólogo, suas visitas são ainda mais raras neste território, sendo assim um dos motivos para escolha desta aldeia o descaso na atenção na saúde, facilidade de diálogo na língua portuguesa, o preconceito de outras etnias com o povo Juruna. Conseguimos verificar que a insegurança alimentar é um problema de saúde comunitária, devido ao impacto ambiental gerado“ progresso da região” nos últimos anos sendo esta, inadvertida ou negligenciada pelas pessoas desta aldeia, devido a possíveis causas como: deterioro da qualidade nutricional (uso de alimentos industrializados), perda de costumes tradicionais e mudanças de hábitos alimentares que veio junto com a “modernização forçada”, trabalho remunerado e consequentemente a substituição do aleitamento materno cada vez mais precoce. Para entender o fenômeno de transição alimentar é necessária a percepção dos diferentes contextos quando estudamos populações indígenas, portanto, a melhor forma de mudar a situação da saúde da aldeia Furo seco para dar um melhor futuro e condições de vida ao povo Juruna, é através da educação permanente, sendo primordial o AIS/AISAN, o técnico de enfermagem, pois são o elo mais forte que nos une a comunidade que permitirá a detecção precoce, assim como também a correção de problemas de saúde, seja através melhorias na qualidade de atenção, do saneamento, do tratamento de agua potável, encabeçar palestras na escola em conjunto com professores indígenas e a atuação dos alunos como agentes de mudança, a importância consultas de crescimento e desenvolvimento da criança, avaliação nutricional das pessoas, a integração das autoridades locais (cacique, anciões, parteiras, raizeiros) para informar sobre a importância dos alimentos que constituem uma refeição e a principal função de cada uma deles, além de articular a socialização de cultivos tradicionais e bons hábitos alimentares, propor alternativas eficazes e meios concretos de como manter e recuperar a saúde, como também formas de descarte de lixos trazido da cidade.




  • PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA (F )
  • Comportamento e Mecanismos Comportamentais (F01 )
  • Comportamento (F01.145 )
  • Comportamento Animal (F01.145.113 )
  • PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA (F )
  • Comportamento e Mecanismos Comportamentais (F01 )
  • Comportamento (F01.145 )
  • FENÔMENOS E PROCESSOS (G )
  • Fenômenos Fisiológicos (G07 )
  • Alimentos, Dieta e Nutrição (G07.203 )
  • Fenômenos Fisiológicos da Nutrição (G07.203.650 )
  • SAÚDE PÚBLICA (SP )
  • Ciências da Nutrição (SP6 )
  • Ecologia da Nutrição (SP6.180 )
  • Socioantropologia da Alimentação (SP6.180.632 )
https://ares.unasus.gov.br/acervo/static/files/Termos de uso do ARES.pdf
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/27033
27/Apr/2022