FICHA TÉCNICA DO RECURSO

DESAFIOS ENCONTRADOS PARA TRABALHAR A SAÚDE INDÍGENA NO DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA AMAPÁ E NORTE DO PARÁ DENTRO DO POLO BASE ARAMIRÃ
Esta obra vem retratar uma experiência profissional na atenção primária a saúde dentro da área indígena da etnia Waiãpi, precisamente na unidade básica de saúde polo base Aramirã, situada no Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá e norte do Pará. Encontramos alguns desafios para se trabalhar a saúde nesta localidade, dificuldades no acesso, e dificuldades nos recursos materiais disponibilizados para os profissionais de saúde. Povos de recente contato com a sociedade não indígena e que nos mostram na prática que uma vida saudável nos traz imensos benefícios. Dentre eles destacam a quase inexistência de doenças crônicas não transmissíveis como a diabetes e a hipertensão, demonstrada pela cultura dos povos indígenas com a prática de exercícios diários devido seus hábitos saudáveis, a alimentação saudável, com a dificuldade de acesso às comidas industrializadas. Baseado em dois anos de trabalho intenso dentro das terras indígenas Waiãpi desenvolvo esse estudo no polo base Aramirã, unidade básica de saúde onde exerço minhas atividades laborais, localizada nas proximidades da BR 210 a 80 km da cidade de Pedra Branca do Amapari-Ap. Devido ao conhecimento adquirido em área e por passar a maior parte do tempo em atendimentos nesse polo base que escolhi trabalhar com os povos indígenas Waiãpi. Povos indígenas de recente contato por volta dos anos 70, estão com a segurança alimentar em risco tendo em vista a proximidade com os não indígenas e a entrada crescente de alimentos industrializados em área. O risco de aumento de doenças como a diabetes e a hipertensão arterial estão diretamente relacionadas com a alimentação industrializada, e dados epidemiológicos extraídos da área indicam que essas doenças ainda se encontram controladas mantendo taxa de prevalência de diabetes melitos em 0,62% e de hipertensão arterial em 1,25%. A busca de soluções conjuntas e continuadas com as organizações não governamentais, órgãos federais, profissionais da saúde, os indígenas e a sociedade circunvizinha é de extrema importância para mantermos vivos e saudáveis nossos povos indígenas. Garantindo a segurança alimentar desses indígenas embasadas na alimentação tradicional que provem da agricultura de alguns alimentos como mandioca, batata, banana, cana, macaxeira, milho, cará, etc., na caça dando condições para os indígenas matarem caititu, cutia, paca, veado, jabuti, anta, mutum, jacu, jacaré, etc., na pesca dando condições para que possam comer trairão, Aracu, Pacu que são os peixes mais comuns entre eles. Sem contar que seria ideal que as margens da rodovia que interliga suas terras fossem realizados um plantio de frutas típicas da região amazônica e que garantem a alimentação dos indígenas como o açaí, cupuaçu entre outras. Rede explicativa bem refletida e organizada será combinada juntamente dos profissionais envolvidos. Como os agentes indígenas de saúde, agentes indígenas de saneamento e todos os técnicos de enfermagem, médicos, enfermeiros, cozinheiros e nutricionistas para planejarmos a melhor estratégia para repasse de informações as mulheres indígenas da comunidade. A atenção básica se resume ao vínculo conquistado entre os profissionais de saúde e a sua clientela de atuação. No caso da saúde indígena esse vínculo é de fundamental importância para se obter sucesso em tudo que tratamos dentro da promoção, prevenção e no cuidado diário da saúde dos povos indígenas.


  • PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA (F )
  • Comportamento e Mecanismos Comportamentais (F01 )
  • Psicologia Social (F01.829 )
  • Estilo de Vida (F01.829.458 )

  • DOENÇAS (C )
  • Doenças Cardiovasculares (C14 )
  • Doenças Vasculares (C14.907 )

https://ares.unasus.gov.br/acervo/static/files/Termos de uso do ARES.pdf
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/27037
27/Apr/2022