FICHA TÉCNICA DO RECURSO

ALDEIA MARAJAÍ, POLO BASE DE MARAJAÍ, DSEI MÉDIO RIO SOLIMÕES E AFLUENTES - EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
O estudo apresentado é uma breve descrição do DSEI Médio Rio Solimões e afluentes, mais especificamento do Polo Base de Marajaí e aldeia Marajaí. O Polo Base Marajaí é responsável pela cobertura de oito aldeias indígenas, e possui etnias tais como: ticuna, kambeba, kocama e mayoruna, sendo a Kambeba a mais numerosa. Os Kambeba estão localizados em cinco aldeias no território brasileiro: quatro na região do Médio Solimões e uma no Baixo Rio Negro, precisamente, na desembocadura do rio Cuieiras. Há também algumas famílias na cidade de Manaus e várias outras no Alto Solimões em terras Ticuna. Fontes dos Kambeba confirmam a existência de 223 famílias no Alto Solimões/AM o que elevaria a população Kambeba em território brasileiro para 1.500 pessoas aproximadamente. Este estudo permitiu a melhor compreensão da realidade das comunidades indígenas relacionadas ao processo saúde doença. Diante dos dados epidemiológicos levantados e mediante rodas de conversas com as lideranças do Polo Base de Marajaí, o problema identificado pela equipe e que se destaca na comunidade é a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), sendo evidenciada pelo aumento no número de casos de 2019 para 2020. Dessa forma, a equipe multidisciplinar compreendeu que a hipertensão arterial é um problema nesta comunidade e necessita de ações de intervenção em saúde. Dessa forma, depois de construir a rede explicativa do problema, foi evidenciado que a ação mais pertinente de ser realizada no momento é a roda de conversa em pequenos grupos, no caso com os hipertensos já diagnosticados, uma vez que estes vem apresentando dificuldades em seguir o tratamento tanto medicamentoso quanto não medicamentoso e ter uma compreensão maior das características da doença. O público alvo da ação serão os hipertensos diagnosticados e atendidos pela Equipe Multiprofissional de Saúde Indígena (EMSI) na aldeia de Marajaí. O objetivo dessa atividade será ampliar o conhecimento dos hipertensos sobre a doença e os hábitos que agravam essa doença, bem como discutir sobre seu tratamento e refletir no que podem fazer para melhorar sua qualidade de vida e evitar complicações. Será desenvolvido a elaboração e uso de materiais educativos pelos próprios indígenas que queiram participar, estimulando o desenho e a pintura na sua forma cultural. Para avaliação, será elaborado um questionário de satisfação com perguntas sobre como o participante percebeu a roda de conversa, se gostou ou não da atividade e se participaria de outras atividades como essa. O curso de  Especialização em Saúde Indígena proporcionou a atuação direta na atenção à saúde dos povos indígenas, conhecendo seus costumes, cultura, tradição, sua maneira de interagir e de reagir ao processo saúde doença, para buscar melhores formas de interação, compreendendo a relação entre a biomedicina e a medicina tradicional, respeitando suas crenças.  

  • ANTROPOLOGIA, EDUCAÇÃO, SOCIOLOGIA E FENÔMENOS SOCIAIS (I )
  • Educação (I02 )
  • Educação não Profissionalizante (I02.233 )
  • ASSISTÊNCIA À SAÚDE (N )
  • Instituições de Saúde, Recursos Humanos e Serviços (N02 )
  • Serviços de Saúde (N02.421 )
  • Serviços Preventivos de Saúde (N02.421.726 )


  • PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA (F )
  • Comportamento e Mecanismos Comportamentais (F01 )
  • Psicologia Social (F01.829 )
  • Estilo de Vida (F01.829.458 )

  • DOENÇAS (C )
  • Doenças Cardiovasculares (C14 )
  • Doenças Vasculares (C14.907 )
https://ares.unasus.gov.br/acervo/static/files/Termos de uso do ARES.pdf
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/27055
27/Apr/2022