Saúde Mental e Atenção Psicossocial: interfaces possíveis com educação

Abstract

Saúde Mental e Atenção Psicossocial têm despertado meu interesse e curiosidade. Durante minha atuação na estrategia de saude da familia na cidade de Jose Boiteux no ano de 2017, motivado pelo tema, na condição de medico, colaborei na fundação de grupos em Práticas de Atenção Psicossocial, nas escolas locais. Esses grupos se desdobrava em intervenções em dois locais na escola do mesmo município e nos atendimentos em consultorio na estrategia de saude da familia. Com públicos, aparentemente, diferentes. Porém, com a proposta de articulação na Atenção Psicossocial. O projeto tem como característica viabilizar espaços de relações sociais promotoras de emancipação e de desenvolvimento do sujeito, promovendo o protagonismo e o empoderamento do sujeito frente às problemáticas do contexto social. Os resultados desses grupos têm evidenciado diversas possibilidades de atuação em saúde mental infanto-juvenil articulado no contexto de saude, social e educacional. O desenvolvimento de espaços de intervenção que viabilizem autonomia e protagonismo tem como objetivo voltar-se para o cuidado desse público, que vem, historicamente, sendo negligenciado pelas políticas publicas de saude e sociais. Muitas vezes, tendo seus direitos fundamentais não assegurados. O termo ‘doença mental’ ou transtorno mental engloba um amplo espectro de condições que afetam a mente. Neste sentido as principais queixas recebidas em consultório consistem em desequilíbrio emocional, distúrbio de conduta e enfraquecimento da memória, algumas vezes, doenças em outras partes do corpo que afetam a mente. Outras vezes, desconfortos escondidos no fundo da mente, desencadeiam outras doenças do corpo ou produzem sintomas somáticos. Um grande espectro de fatores como mapa genético, química cerebral, aspectos do nosso estilo de vida, além dos acontecimentos que nos acometeram no passado e nossas relações com as outras pessoas, participam como causadores do transtorno mental. Isso leva ao sofrimento, desesperança e incapacidade de viver uma vida plena. Mesmo nas cidades mais distantes e isoladas do mundo, com natureza, paz e tranquilidade, os sintomas podem começar na infância. Por isso, uma ampla campanha de orientação, educação, informação e reconhecimento devem ser instituídos na sociedade, orientando, principalmente, pais e professores e profissionais profissionais da estrategia de saude da familia.