O papel da Unidade Básica de Saúde no esforço para doação de órgãos

Abstract

Introdução: O município de Ivoti está localizado nos limites da região metropolitana de Porto Alegre. Conta com uma população estimada de 24.690 habitantes com densidade de 314,71, compostas, predominantemente, por colonização alemã e japonesa. Através de abordagens espontâneas a pacientes, durante as consultas, e questionamentos aos colaboradores da Unidade Básica de Saúde, observou-se pouco ou nenhum conhecimento sobre o funcionamento do processo de doação. Outro ponto importante, é que pelo temor de irregularidades, muitos apresentavam posição contrária a doação por medo. Diante disto foi realizado um projeto de intervenção com o objetivo geral de proporcionar aos usuários da Unidade Básica de Saúde informações de qualidade e um espaço para discussão sobre o assunto “doação de órgãos e tecidos”, permitindo aos mesmos tomar uma decisão plena sobre o assunto. Metodologia:em um primeiro momento, os profissionais da UBS, das diferentes áreas, participariam de um workshop realizado pelas organizações competentes, uniformizando o conhecimento a respeito do assunto. Num segundo momento, os pacientes seriam abordados, de forma espontânea referente ao tema de doação, despertando o interesse de forma gradual. Depois, à medida que o assunto for sendo desenvolvido, abrem-se espaços de discussão em grupos, seguindo a orientação da educação dialógica. Nas visitas domiciliares, a troca de informações e o espaço para discussão vai além: os familiares podem passar sua vontade quanto a ser doador ou não, trazendo um alívio maior no momento da entrevista. Resultados esperados: proporcionar espaço de discussão na UBS sobre Doação de Órgãos e Tecidos; ofertar aos usuários da UBS acesso à informação de qualidade baseada na filosofia dialógica que, em caso de necessidade, permita que façam escolhas em harmonia plena com suas convicções no que tange a doação; integrar os diferentes colaboradores da Unidade Básica de Saúde no esforço de troca de experiências e facilitadores do conhecimento; formar multiplicadores de conhecimento sobre o assunto “doação de órgãos” para aumentar o alcance da iniciativa; envolver a comunidade na causa e servir de exemplo para outras localidades e municípios; reforçar a significância da Campanha "Setembro Verde“, com ações conjuntas a comunidade; melhorar, de forma indireta, o número de doadores efetivos, ajudando as pessoas na fila de espera; educar antes para não ter que educar a beira do leito.